segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um Sonho de Liberdade

Título original: (The Shawshank Redemption)
Lançamento: 1994 (EUA)
Direção: Frank Darabont
Atores: Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton, William Sadler
Duração: 142 min
Gênero: Drama



Sinopse: Em 1946, Andy Dufresne (Tim Robbins), um jovem e bem sucedido banqueiro, tem a sua vida radicalmente modificada quando mandado para uma penitenciária para cumprir prisão perpétua por ter assassinado sua mulher e o amante dela. No presídio, faz amizade com Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), um prisioneiro que cumpre pena há 20 anos e controla o mercado negro do presídio.

Somos educados desde crianças para sermos polidos, cumpridores de nossos deveres e nunca mentir ou enganar quem quer que seja. Caso façamos algo de errado, a pena a ser cumprida é dada na forma de castigo, excluindo de nossas vidas tudo que seja atraente e de grande valor para nós. Quando adolescentes, o castigo pode ser pior, podemos fazer parte de uma estatística triste como por exemplo visitar uma cadeia. Todos tememos passar momentos na cadeia, desde sempre  tida como um lugar horrível e barra pesada. 

Em “Um Sonho de Liberdade”, o diretor Frank Darabont, estreante em 1994, baseia-se numa história dramática do mestre do terror Stephen King e retrata o dia a dia da penitenciária de ShawShank, um lugar excelente para se viver em comparação com as prisões do Brasil (vide Carandiru), porém, condenável para as práticas americanas, mesmo sabendo que todos os sobreviventes ali são uniformizados, limpos, têm boas condições de higiene e comida excelente.

Andy Dufresne (Tim Robbins, memorável), um rico e inteligente banqueiro, é acusado de assassinar a mulher e o suposto amante, pegos num momento apaixonado, sendo sentenciado à prisão perpétua. Sem grandes dificuldades, apesar do preconceito racial e da perseguição de homossexuais, ávidos por “carne nova”, faz amizade com Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), um prisioneiro que cumpre pena há 20 anos e controla o mercado negro do presídio, sutilmente. Ellis, já de início, aprecia a chegada do rapaz e observa seu grande potencial, ao comprar-lhe simples objetos inofensivos. Juntos, vivem grandes momentos e, apesar de terem suas culpas (pouco relatadas no longa), vêem que são honestos e possuem boa índole, em comparação à corrupção de funcionários e da própria diretoria.

O filme, além de mostrar claramente toda a dificuldade enfrentada, destaca-se por retratar o abuso e o uso dos condenados, através de falsas esperanças, da falsidade, da má valorização e do tratamento prestado, uma vez que todo o benefício da cadeia é repassado para seus agentes e para o diretor, que se vangloria ao chamar a atenção da mídia, roubando ideias do genioso e esperto Andy, que tentou ajudá-los, com o interesse de diminuição em sua pena e em adquirir condições melhores para os presos. Contrariado, foi brutalmente massacrado e ameaçado, forçando-o a continuar seu processo de lavagem de dinheiro, meramente de fácil aquisição.

Apesar de parecerem mundos surreais e completamente opostos, o mundo “liberal” e o mundo nos presídios não se difere em nada, mostrando um dia a dia comum, com atividades corriqueiras e relacionamentos eficazes, a ponto de convencer e manipular os fracos na luta pela sobrevivência humana, a raça mais complicada, injusta e julgadora existente. O sonho de uma liberdade real ainda é almejada pelos humanos e, assim como na cadeia, só poderá ser descrita por quem um dia a vivenciar.

Com ótima fotografia e com um Freeman sempre dando show (esse ator é maravilhoso). A direção de Darabont conduz todo o longa com talento de mestre. Um dos filmes mais realistas e dramáticos que já assisti. Excelente!

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