terça-feira, 31 de maio de 2011

Antes do Amanhecer


Título original: (Before Sunrise)
Lançamento: 1995 (EUA)
Direção:  Richard Linklater
Atores: Ethan Hawke, Julie Delpy, Andrea Eckert, Hanno Pöschl.
Duração: 105 min
Gênero: Romance

Andrea Eckert (Esposa no trem)
Hanno Pöschl (Marido no trem)
Karl Bruckshwaiger (Jovem na ponte)
Tex Rubinowitz (Jovem na ponte)
Dominik Castell (Poeta de rua)
Haymon Maria Buttinger (Bartender)
Harold Waiglein (Guitarrista)
Sinopse:
Jesse (Ethan Hawke), um jovem americano, e Celine (Julie Delpy), uma estudante francesa, se encontram casualmente no trem para Viena e logo começam a conversar. Ele a convence a desembarcar em Viena e gradativamente vão se envolvendo em uma paixão crescente. Mas existe uma verdade inevitável: no dia seguinte ela irá para Paris e ele voltará ao Estados Unidos. Com isso, resta aos dois apaixonados aproveitar o máximo o pouco tempo que lhes resta.

É um belo filme com diálogos que nos fazem refletir sobre o amor e que nos deixam com uma sensação de que tudo poderia ser melhor...
Ótimo em todos os aspectos esse romance consegue nos emocionar  sem utilizar clichês. Julie Delpy e Ethan Hawke têm química e estão muito bem. O roteiro de Linklanter e Krizan traz uma boa seleção de diálogos. As imagens finais são maravilhosas.

A direção é ótima, a produção e efeitos são excelentes. A fotografia e cenografia, não pecam pelo exagero visual. O filme é feito para quem gosta de discutir relação e às vezes é meio cansativo... O que não impede de ser uma ótima distração  para quem gosta de romances sem apelações.  O ponto alto do filme é o final em aberto, sem maiores explicações e sem "eu te amo". Não é um romance água com açúcar.
A única ressalva que faço é quanto a sequência que deixou um pouco a desejar...Enfim, um filme leve e quase perfeito para quem quer se distrair e relaxar num sábado à tarde comendo uma pipoquinha. De preferência bem acompanhado(a).

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Além da Vida


Título Original: Hereafter
Gênero: Drama e Fantasia
Duração: 129 min.
Origem: Estados Unidos
Estreia: 07 de Janeiro de 2011
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Peter Morgan
Distribuidora: Warner Bros.
Censura: 12 anos
Ano: 2010

- Do mesmo diretor de Gran Torino (Gran Torino - 2008).

Além da Vida conta a história de três pessoas que são afetadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um operário norte-americano que tem uma conexão especial com o além. Em outro ponto do planeta, a jornalista francesa Marie (Cécile De France) acaba de passar por uma experiência de quase-morte que muda sua visão diante da vida. E quando Marcus (Frankie/George McLaren), um garoto londrino, perde uma pessoa muito próxima, ele começa uma procura desesperada por respostas. Enquanto cada um segue o caminho em busca da verdade, suas vidas se encontrarão e serão transformadas para sempre pelo que eles acreditam que possa existir, ou realmente exista - a vida após a morte.

Estamos no século XXI e apesar de toda inteligência do homem, conseguindo vôos nunca imaginados por nós, não houve ainda uma plena evolução espiritual. De acordo com preceitos espíritas nesse ou em outro estágio ao evoluir espiritualmente conseguimos locomovermos a velocidades inimagináveis.

Será que o homem ainda não se deu conta o quanto somos perenes nessa vida? A despeito de catástrofes, enviadas pela força da natureza, tais como tsunamis, terremotos, deslizamentos de terra o homem teima em se  achar  o  dono  da  situação.  Em  questão  de  segundos   podemos  ser  varridos  da  face  da terra. Independente de religiões ou ideologias quero constatar aqui que filmes como esse nos levam a refletir sobre as nossas verdades, nossas teorias, nossos estigmas. 

Em “Além da Vida”, novamente Clint Eastwood e Matt Damon formam parceria em uma produção que faz aflorar a sensibilidade dos espectadores (antes, haviam conseguido em “Invictus”, com temática racial, tendo como cenário a África do Sul). Em meio a um contexto ligado ao charlatanismo e à busca por lucros desenfreados, utilizando a mediunidade como instrumento, a personagem de Damon (George) luta contra isto, por conta da exclusão social proporcionada por este seu dom.

Da reunião de mundos díspares, complementado pela jornalista francesa Marie (atriz Cécile de France), e pelos irmãos britânicos Marcus e Jason (os ótimos Frankie e George McLaren), seus dramas pessoais, a trama mostra, sem apelações ou exageros ligados ao tema, que existe capacidade de reconstrução de uma vida com base na confiança mútua, mesmo distante. Mesmo o gestual de Damon, durante as suas conexões, está longe de ser teatralizada, artificial.

Fisicamente falando, este estado transitório entre vida e morte, especialmente explorado na passagem pós-inundação do tsunami por Marie, encontra uma certa explicação científica e média no estado de catalepsia, em que há enrijecimento de membros, impedindo o traumatizado de movimentar-se, apesar de perceber sutilmente o que ocorre ao seu redor.

Não sou expert em assuntos ligados a doutrina espírita, mas percebo que quando filmes desse porte falam sobre um assunto tão delicado, para muitas pessoas, vejo que o  mérito maior reside em não tomar partido e nem fazer polêmica. Simplesmente foi fluindo sobre o tema acontecimentos que prendem o espectador e que nos fazem refletir sobre a condição humana que anda tão debilitada em termos de fé.

Esta austeridade em abordar o tema, combinada com trilha sonora suave, mas adequada ao pesar e questionamento de nossas existências, além de momentos extremamente emocionantes, ressaltam a competência de Clint. A despeito do ritmo do filme, o mote principal (interligação), demanda um certo tempo para ocorrer. Não implicando, mesmo assim, em prejuízo para a sequência do filme.

Atuações perfeitas ligadas a belíssima direção dão chances ao espectador de questionar e polemizar consigo mesmo. Independente de quaisquer doutrinas temos aí um mote de ideias abordadas com inteligência e competência.

Maravilhoso!!!


domingo, 29 de maio de 2011

Comer, Rezar, Amar

Informações Técnicas:
No Brasil:  Comer, Rezar, Amar
Título Original:  Eat, Pray, Love
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama / Romance
Tempo de Duração: 133 minutos
Ano de Lançamento:  2010
Estréia no Brasil: 01/10/2010
Estúdio/Distrib.:  Sony Pictures
Direção:  Ryan Murphy

 

Elenco:
Julia Roberts: Liz Gilbert
I. Gusti Ayu Puspawati: Nyomo

Sinopse:
... 
Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna deve sonhar em ter – um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida – ainda sim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida. Recentemente divorciada e num momento decisivo, Gilbert said a zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhecimento. Em suas viagens, ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália; o poder da oração na Índia, e, finalmente e inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar prova que existe mais de uma maneira de levar a vida e de viajar pelo mundo.

O que sempre afirmo é que o livro é muito mais completo e detalhado que o filme. Leio o livro e depois vejo o filme e aí sempre constato: Sempre o livro vai ser melhor por ser rico em detalhes!

O filme é muito bom! Experiências na vida sempre são válidas para que possamos amadurecer e crescer como ser humano. Acho que só quem já passou por crises existenciais (e são vários os tipos de crises), me refiro especialmente as mulheres, é que pode entender! É filme  que toca a alma feminina...Não arriscaria dizer que alguns homens gostariam de se entreter com esse tema, mas enfim, conversei com alguns que assistiram e concordaram dizendo que de certa forma compreenderam a mensagem do filme...Particularmente acho que se entenderam não compreenderam as atitudes de Liz!! O universo masculino, às vezes, é meio desligado para as coisas de mulher...

O roteiro é maravilhoso, sem contar que a fotografia do filme é muito boa mesmo! Dou destaque para uma das músicas da trilha sonora: a linda e brasileiríssima "Samba da Benção escrita por Pierre Barouh, Baden Powell e Vinicius de Moraes e cantada por Bebel Gilberto. A direção está no ponto. Não comprometeu em nada a trama. O diretor sacou o clima do filme. Nada de surpresas como efeitos especiais e coisa e tal. O que seria uma lástima...
  
O destaque como sempre é para Julie Roberts. Ela é maior atriz de todos os tempos. A mais espetacular.  Tem talento, simpatia, etc... Transmite para seus personagens o que ela tem de melhor como pessoa que é a sinceridade e humildade. Sou fã mesmo!

Como  é  um  filme  muito  simples  fica  até  difícil  de  tecer  maiores comentários. Fala mais ao coração do que a razão. Portanto, acredito que cada espectador tenha uma  diferenciada sensação ao assisti-lo.

Por falar em sensação... esse filme me trouxe a certeza de que  devemos sim comer, rezar e amar, ou seja, viver a vida na sua forma mais ampla, acreditar sempre que tudo podemos realizar e que devemos nos arriscar mais para encontrar a felicidade. E isso vale tanto para os homens como para as mulheres. 


sábado, 28 de maio de 2011

A Inquilina


Informações Técnicas:
Título no Brasil:  A Inquilina
Título Original:  The Resident
País de Origem:  Reino Unido / EUA
Gênero:  Suspense
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento:  2011
Estréia no Brasil: 12/08/2011
Estúdio/Distrib.:  Paris Filmes
Direção:  Antti Jokinen


Elenco:
Hilary Swank: Juliet Devereau
Jeffrey Dean Morgan: Max

Sinopse:
Jovem médica, ao se mudar para um novo apartamento, descobre que seu proprietário tem uma assustadora obsessão por ela.

Mesmo com erros de continuidade, como por exemplo, na cena em que a atriz principal vai dormir com uma roupa e acorda com outra diferente o filme não deixa de ser interessante. O diretor Jokinen não me pareceu levar esse filme muito a sério. Fatos que não interessavam ao enredo do filme vinham sempre a tona, dando a  impressão de que ele queria promover a atriz principal com apelação de nudez desnecessária a trama. Indiferente a postura do diretor Hilary mandou bem.  

Esse filme enfoca a obsessão doentia de uma pessoa por outra, que ao se ver rejeitado se mostra um verdadeiro tirano. Moral da história: nunca devemos subestimar as pessoas. Como já disse que Hilary Swank está ótima, enfoco a cena aonde ela vê o vídeo em que sofre abuso. Está soberba

Confesso que já vi filmes melhores, mas o meu consolo é que já vi piores no gênero. Dá prá distrair e nos levar ao topo do medo. 

Como pode um filme tão mal dirigido e com roteiro tão previsível nos prender tanto? Descobri que o segredo não está no roteiro, e nesse caso, nem na direção. O elenco é a chave desse mistério. Os atores estão muito bem. Com destaque para Morgan, que mostra uma desenvoltura magistral diante das câmeras. Isso prova que o talento sempre vence medíocres e medianos.

Recomendo, mas aconselho ao espectador assistir somente como diversão e fechar os olhos para a falta de imaginação. E é graças a atores do porte de Hilary e Morgan, que eu não desanimo e comemoro a existência da sétima arte!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Caminho da Liberdade


Informações Técnicas
Título no Brasil:  O Caminho da Liberdade
Título Original:  The Way Back
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 133 minutos
Ano de Lançamento:  2010
Estréia no Brasil: 13/05/2011
Estúdio/Distrib.:  Califórnia Filmes
Direção:  Peter Weir


Sinopse:
Em 1940, pegos pelo regime stalinista, sete prisioneiros aproveitam-se da nevasca para fugir de Gulag Soviético. A liberdade desses homens tem um preço: eles têm poucas chances de chegarem a um lugar seguro sem serem pegos novamente e correm risco de morte...

Um ótimo filme! Verdadeiro e comovente. Fotografia linda! A sequência das tomadas não tem repetições. O espectador fica atento do começo ao fim. Cada um dos fugitivos tem uma personalidade mais interessante que o outro! Sensacional! Enfoca com um olhar bem profundo a prepotência e a maldade.

De todas as partes do filme o que me chamou bastante atenção foi o começo. Mas isso não quer dizer que todo o resto não seja interessante. A direção é super competente, a iluminação bem apropriada para a ação. Faltou somente aquele gostinho de quero mais. Enfim, um filme que nos leva a meditar sobre o ser humano. Até onde ele pode ir nas suas maldades... 

Uma história real. Uma saga realmente impressionante! É um drama, então não esperem muita ação nesse filme, seu ritmo é mais lento, mas nem por isso deixa de ser bom. Ah, o filme também é um pouco longo, então se preparem para assisti-lo. Ele segue essa tendência de filmes inspirados em histórias reais. Uma história de obstinação e luta pela liberdade! 

Dizer que é ótimo seria repetitivo. Além de boa história e verdadeira, a fotografia é belíssima; a direção de Weir é segura e firme, a maquiagem e figurino perfeitos e atores incríveis. Em especial Colin Farrell, que esteve perfeito do começo ao fim! Atuação digna e magistral!

Muito bom!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Rio


Título original: (Rio)
Lançamento: 2011 (EUA)
Direção: Carlos Saldanha
Atores:  Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Rodrigo Santoro, Jamie Foxx.
Duração: 96 min
Gênero: Animação
Status: Em cartaz

Sinopse:
Conta a história de Blu, uma arara azul rara que pensa que é a última de sua espécie. Quando Blu descobre que há uma ‘outra’ ele deixa o conforto de sua gaiola em uma pequena cidade de Minnesota e vai para o Rio de Janeiro. Mas longe de ser amor à primeira vista entre o domesticado e incapacitado de voar e a feminista e independente, que voa alto, Jewel. Inesperadamente jogados juntos, eles embarcam na aventura de uma vida, onde aprendem sobre amizade, amor, coragem e estar aberto às muitas maravilhas da vida. “Rio” reúne uma fauna de personagens vibrantes, uma história comovente, mergulhos coloridos, uma música latina contemporânea e cheia de energia.

Como carioca "da gema" me sinto super a vontade para falar desse filme. Mostra lindo visual do Rio, mas mostra o outro lado; o lado obscuro onde contrabandistas agem impunemente em favelas e crianças transitando nas vielas já envolvidas com o crime. Passa a imagem que no Rio as pessoas se esquecem de tudo por causa de carnaval e futebol. Na verdade não é bem assim. O carioca é extrovertido, falante, mas é um povo que trabalha duro para sobreviver. Dá só uma espiadinha na Central do Brasil por volta de umas 5:30 hs da manhã. Desmistifica bastante a imagem do carioca que vive somente na praia e etc...

Em cenas divertidas mostram pessoas brincando no carnaval em cima de carros, desfilando alegria pelas ruas. O ornitólogo estava no carro na orla de dia e vê sua dentista com roupas minúsculas indo para o carnaval, como se até as pessoas mais instruídas esquecessem de tudo no carnaval. E falando sério, quem não esquece? Até o turista mais frio cai no samba e se diverte! 

O roteiro deixa um pouco a desejar, muito longe dos filmes da Pixar, por exemplo, mas quem liga prá isso? O importante é que Rio é Brasil e isso enche de orgulho a todos nós cariocas e brasileiros já tão acostumados com os tão rotineiros filmes de Hollywood.

Os personagens se encontram como ao acaso, como o ornitólogo achou a arara em Minesota? É um filme voltado para a juventude, e há a licença poética, mas a história podia ter um pouco mais de conteúdo, não faltou gancho prá isso...

A arara fêmea aparece pela primeira vez para a arara macho (como na Era do Gelo, com os esquilos).  Depois repete-se com o ornitólogo e a americana. Tem a cena das araras caindo e se abraçando, como na era do gelo. Não me agradou muito essas cenas. Já vi isso antes!!!

Interessante notar que Rio é um filme voltado especialmente para o público brasileiro, mesmo não sendo uma produção nacional. Consegue agradar  por mostrar belas e decantadas paisagens do Rio de Janeiro, a paixão pelo futebol, o frisson do Carnaval. Mas Rio também encanta por seus personagens carismáticos, a boa trilha sonora e uma história interessante, ainda que com seus momentos previsíveis. O filme agradou tanto no exterior que ficou vários dias em primeiro lugar de público e ótimas críticas. Uma surpresa agradável,  já que o filme foi feito para agradar ao público brasileiro.

Rio, com certeza absoluta,  é o melhor filme da Blue Sky Studios desde o primeiro "A Era do Gelo". Dada a qualidade do filme e o mérito de retratar o Rio de Janeiro como ele é essencialmente, não há como não sair do cinema fascinado com Rio. Mesmo os mais céticos, que não queiram se render ao charme dessa cidade encantadora, se calam diante de tamanha e incontestável beleza

Carlos Saldanha conseguiu nos mostrar que é de filmes como este que os cineastas brasileiros deveriam se inspirar para tentar fazer o cinema nacional finalmente decolar.

As crianças irão adorar. Saldanha faz uma homenagem e tanta para a cidade maravilhosa. Personagens cativantes, trilha sonora que, particularmente, eu amo pela qualidade e conteúdo musical. Uma história que se encaixa perfeitamente ao cenário. A platéia com certeza aplaudirá esse filme e de pé. Sem contar a voz de Santoro, que faz jus ao mesmo. 

Simplesmente maravilhoso...
 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Minhas Adoráveis Ex-Namoradas

Informações Técnicas
Título no Brasil: Minhas Adoráveis Ex-Namoradas
Título Original: The Ghosts of Girlfriends Past
País de Origem: EUA
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 101 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estréia no Brasil: 11/06/2009
Estúdio/Distrib.: Playarte
Direção: Mark Waters

Elenco:
Matthew McConaughey ... Connor
Jennifer Garner ... Jenny
Lacey Chabert ... Sandra
Emma Stone ... The Ghost of Girlfriends Past
Christina Milian
Noureen DeWulf ... Melanie / Ghost of Girlfriends Present
Amanda Walsh ... Denise
Michael Douglas ... Uncle Wayne

Sinopse:
O fotógrafo de celebridades Connor Mead (McConaughey) adora liberdade, diversão e mulheres, nesta ordem. Um solteirão convicto! Às vésperas do casamento de seu irmão mais novo, quando está prestes a arruinar a união, Connor recebe a visita dos “fantasmas” de suas ex-namoradas que o levam a uma hilariante e reveladora odisséia, visitando seus desastrosos relacionamentos do passado, presente e futuro! Juntas tentarão descobrir o que transformou Connor num idiota insensível e se ainda há esperança dele encontrar o verdadeiro amor ou se é uma causa perdida...

Filme despretensioso, veio prá distrair o espectador, o tempo todo McConaughey mostrou intimidade com as câmeras. A atuação de todo o elenco foi boa e destaque para Michael Douglas (cada dia mais parecido com o pai o ator Kirk Douglas).

Um bom filme. A lição de casa de que se deve ser fiel, amar e etc.. foi bem clara. O roteiro seguiu o seu propósito, a iluminação adequada e a montagem às vezes me dava um pouco de cansaço para me situar aonde estavam os personagens.


domingo, 22 de maio de 2011

O Vencedor



Título original: (The Fighter)
Lançamento: 2010 (EUA)
Direção: David O. Russell
Duração: 114 min
Gênero: Drama
Status: Em cartaz

Sinopse:

Dicky Ecklund (Christian Bale) é uma lenda do boxe que desperdiçou o seu talento e a sua grande chance. Agora, o seu meio-irmão Micky Ward (Mark Wahlberg) tentará se tornar uma nova esperança de campeão e superar as conquistas de Dicky. Treinado pela família e sem obter sucesso em suas lutas, Micky terá que escolher entre seus familiares e a vontade de ser um verdadeiro campeão. "O Vencedor" é inspirado em uma emocionante história real onde a maior luta de nossas vidas é a conquista dos nossos próprios sonhos.

Confesso que comecei assistindo o filme com uma certa dúvida. Afinal um tema de luta de boxe. Esporte do qual não sou nada fã... Enfim, fui em frente... O que vi de início foi uma lição de amor as avessas. Ou seja, um filme que não é em nenhum momento politicamente correto, mas que nos mostra em cada cena fantástica desse maravilhoso ator Christian Bale (Dicky) uma lição de vida para todos nós. 

A lição de que nunca seremos reféns de fracassos se assim o desejarmos. A família de Dicky um pouco caricata (diga-se de passagem), às vezes, é até engraçada. O laço de família entre eles é muito forte. O que eu senti foi que no fundo o diretor queria o tempo todo (e conseguiu) nos mostrar que mesmo em  meio ao caos e inseguranças interiores pode e deve existir o sonho. Aquela coisa simples de querer nos mostrar que a rosa pode nascer no meio do asfalto e sobreviver linda e perfumada.

O filme é realmente muito bom! A atuação dos atores é fantástica! Não poderia caber música mais perfeita na cena em que Dick cantarola prá sua mãe "I started a joke" dos Bee Gees em uma linda cena...

Realmente Bale tá brilhante neste filme, cujas interpretações são magistrais como por exemplo: Psicopata Americano, Batman, Indomáveis e o Sobrevivente. Muitos criticam sua performance no filme O Exterminador do Futuro (concordo que o filme é muito ruim, mas a atuação de Bale não foi tão fraca como alguns comentam). Não poderia deixar de comentar a atuação de  Charlene Fleming (Amy Adams), perfeita no papel de namorada de  Mick, que veio para abalar a relação já tumultuada da família.

       Quanto ao filme O Vencedor considero justa as 7  indicações ao Oscar. Corretíssima  a direção de Russel. Ciente que estava lhe dando com um tema muito difícil que é a fragilidade humana ele deixou o clima de quase total violência correr, mas sem perder um só minuto em cada sequência a meta que o filme propunha que era o direito de sonhar, o direito de vencer na vida, ou melhor, vencer a vida. Eis a síntese do filme: a vitória da luta contra as drogas, a vitória contra a dissolução da família,  a vitória em todas as formas de lutas e a necessidade de sonhar.

       Esse filme já nasceu vencedor não somente nas disputas de boxe,  mas também por todas as conquistas que conseguiu nos mostrar através da luta de seus personagens tão reais e tão (pasme) tão docemente humanos...  

       Excelente em todos os aspectos.  

sábado, 21 de maio de 2011

Inimigo Íntimo


Inimigo Íntimo
(The Devil's Own)

Ficha técnica:
Título original:The Devil's Own
Gênero:Policial
Duração:01 hs 47 min
Ano de lançamento:1997
Site oficial:estúdio:Columbia Pictures Corporation
Distribuidora:Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro:David Aaron Cohen, Vincent Patrick e Kevin Jarre, baseado em estória de Kevin Jarre
Produção:Robert F. Colesberry e Lawrence Gordon
Música:James Horner
Fotografia:Gordon Willis
Direção de arte:Robert Guerra
Figurino:Joan Bergin e Bernie Pollack
Edição:Tom Rolf e Dennis Virkler

Elenco:
Harrison Ford (Tom O'Meara)
Brad Pitt (Rory Devaney / Francis McGuire)
Margaret Colin (Sheila O'Meara)

Sinopse:
Um jovem terrorista do IRA que precisa realizar uma missão nos Estados Unidos se hospeda sem revelar sua identidade na casa de um policial local, que passa a tratá-lo como se ele fosse seu próprio filho. Dirigido por Alan J. Pakula (O Dossiê Pelicano) e com Harrison Ford e Brad Pitt no elenco. Assim, o recém-chegado se integra na família e articula a compra de armamento pesado para levar ao seu país.

Gostei da atuação de Pitt. Roteiro perfeito. Quanto a iluminação ótima. Achei o filme bem dirigido e a câmera era ágil o suficiente para nos prender em cada cena.

- As filmagens de Inimigo Íntimo foram extremamente atribuladas, com vários rumores de que os atores Harrison Ford e Brad Pitt chegaram a brigar nos sets de filmagens, em decorrência da dúvida sobre qual deles deveria ser o foco central do roteiro. O próprio Brad Pitt chegou a considerar a possibilidade de abandonar os sets de filmagens, mas mudou de idéia sobre o assunto após conversar com seu advogado.

- O roteiro de Inimigo Íntimo passou por pelo menos sete revisões antes de ser finalizado.

- O diretor Alan J. Pakula e o ator Harrison Ford trabalharam juntos pela segunda vez em Inimigo Íntimo. Eles já haviam trabalhado juntos em Acima de Qualquer Suspeita.

Essa dupla deu certo. Ford é fantástico em qualquer papel.

Apesar dos bastidores tensos e dos rumores de brigas o filme cumpriu bem a sua proposta que é a de nos levar a diversão. E é isso, afinal, que realmente importa!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O MAGNÍFICO E INSUBSTITUÍVEL MARLON BRANDO


Na manhã de 2 de julho de 2004, uma sexta-feira, o veterano cineasta franco-tunisiano Ridha Behi descobriu ter um grande problema nas mãos. O protagonista de seu próximo filme, que ele pretendia rodar ainda este mês, havia morrido no dia anterior. Qualquer diretor, após o choque inicial, faria uma simples pergunta: quem está disponível para o papel? No caso de Behi, o problema era mais grave. Ele não pode simplesmente substituir o seu protagonista, pois o ator faria o papel dele próprio. Mesmo que conseguissem um outro intérprete para o papel, não daria certo, porque o protagonista de Brando and Brando, era ninguém menos do que Marlon Brando, uma das maiores lendas do cinema de todos os tempos.

Behi já declarou a diversos órgãos da imprensa internacional que "ninguém vai tomar o seu lugar". A frase do diretor acaba tomando proporções maiores do que a de um cineasta falando de seu filme. Marlon Brando foi um furacão que passou pelo cinema e deixou marcas que jamais serão apagadas - tanto em sua carreira em papéis memoráveis, como em Uma Rua Chamada Pecado, Sindicato de Ladrões, O Poderoso Chefão ou Apocalypse Now, ou por sua vida pessoal, carregada de tragédias e escândalos.

As melhores performances de Brando no cinema hoje são estudadas em escolas de atuação e servem de base para muitos jovens atores. Atingir o nível de perfeição como ele conseguiu e extrair o máximo de seu personagem são sonhos que muitos almejam, mas raros o conseguem. O cineasta Bernardo Bertolucci, que trabalhou com o ator no polêmico O Último Tango em Paris (1972), uma vez disse que "Marlon estranhamente domina os espaços. Mesmo se ele estiver absolutamente parado, digamos, sentado numa poltrona, ele já tomou para si aquele espaço privilegiado." Para muitos, aliás, a última grande interpretação de Brando foi no filme de Bertolucci.

Nascido em Omaha (Nebraska), no dia 3 de abril de 1924, Marlon Brando Jr. era filho de um casal de alcóolatras. O rapaz freqüentou aulas de teatro entre 1943 e 1944 do New School, em Nova York, onde aprendeu o método Stanislavsky, no qual o ator busca uma identificação psicológica com o personagem. Depois foi estudar no famoso Actor's Studio, escola que também seguia o mesmo método, do qual Brando acabou se tornando um dos mais notórios representantes.

Marlon Brando ganhou dois Oscar, por Sindicato de Ladrões (1954) e O Poderoso Chefão (1972), e recebeu outras 6 indicações, por Uma Rua Chamada Pecado (1952), Viva Zapata! (1953), Júlio Cesar (1954), Sayonara (1957), O Último Tango em Paris (1974) e Assassinato Sob Custódia (1989). Além disso, o ator é protagonista de uma das histórias mais curiosas da cerimônia da Academia. Em 1973, quando ganhou o seu segundo prêmio, não foi recebê-lo e em seu lugar mandou uma suposta índia, chamada Sacheen Littlefeather. A moça, ao invés de proferir agradecimentos, fez um discurso sobre a discriminação contra os nativos. Descobriu-se depois que ela não era descendente de indígenas, mas uma atriz desconhecida.

Se esse é um escândalo ou uma polêmica menor na vida do astro, outros acontecimentos ganharam maiores proporções, além das páginas dos jornais. Em 1990, seu filho mais velho, Christian, assassinou o namorado de sua meia-irmã, Cheyenne, que acabou se suicidando em 1995. Pouco antes da morte de Brando, circularam rumores de que ele estava totalmente falido. As especulações vinham da biografia Brando in Twilight, de Patricia Ruiz, que será publicada no segundo semestre. A decadência financeira teria sido causada por hábitos de consumo extravagantes e dívidas contraídas para pagar os advogados do filho.

A vida amorosa de Marlon Brando também fez a festa de muitos jornais de fofocas. Ele teve filhos com quatro mulheres ao longo da vida. A primeira foi Anna Kashfi, com quem se envolveu numa complicada batalha pela custódia do filho Christian. Também se casou com Movita Castaneda, a atriz mexicana com quem teve um filho, e posteriormente com Tarita Teriipia, a mãe de Cheyenne e Teihoutu. Sua mais recente conquista foi sua ex-empregada Cristina Ruiz, por quem estava sendo processado em 100milhões de dólares por pensões não pagas.

A conta bancária de Brando, aliás, sempre sofreu altos e baixos. Em 1978, ele recebeu o maior cachê da época, 14 milhões de dólares, para viver o pai de Superman. Nessa mesma época, fazia comentários paradoxais, dizendo que trabalhava pelo dinheiro, pois a profissão de ator era vazia e inútil - mas também dizia que Hollywood era um lugar dominado pelo medo e amor ao dinheiro.

Após conhecer o apogeu, Brando se exilou numa mansão na lendária Mulholland Drive, próxima à de seu amigo Jack Nicholson. Raramente saía de casa. Segundo Patricia Bosworth, autora da biografia Marlon Brando, editada pela Penguin, ocasionalmente ele saía para jantar com seu amigo Johnny Depp, com quem contracenou em Don Juan de Marco (1995). E se comunicava com o mundo pela internet. A escritora conta que ele passava boa parte do tempo visitando websites feitos em sua homenagem e enviava e-mails anônimos reportando erros e omissões, além de ligar para programas de rádio disfarçando sua voz, divertindo-se com essas atividades.

Bosworth também conta que uma fonte próxima a Brando uma vez lhe confidenciou que o ator comia para compensar suas frustrações. "Ele é muito paranóico, especialmente com as pessoas que sabem muito sobre ele. Ele pode ser incrivelmente cruel. Depois se sente culpado e começa a comer", confidenciou o amigo. Algumas pessoas tentaram explicar esse problema alimentar dizendo que Brando é filho de dois alcoólatras e, como não bebia, acabou viciando-se em comer. Uma vez ele declarou que "a comida sempre foi minha amiga. Quando quero me sentir melhor ou tenho uma crise, eu abro a geladeira". Outros filosofavam dizendo que Brando deixou seu corpo perder a forma porque não soube lidar com o fato de sua beleza, no auge da fama, atrair muitas atenções.

Nas últimas décadas Brando enfrentou uma série de fracassos no cinema. Filmes que nem mesmo seu talento conseguiam salvar, como A Ilha do Dr. Moreau (1996) e Loucos Por Dinheiro (1998). Seu último trabalho foi o policial A Cartada Final, de 2001, no qual contracenou com Robert De Niro e Edward Norton - que por coincidência são conhecidos como "Marlon Brando de suas gerações". Durante as filmagens desse longa, mais uma polêmica: o ator se recusava a trocar qualquer palavra com o diretor Frank Oz, criando uma certa tensão no set.

Uma das declarações mais polêmicas de Marlon Brando foi quando ele disse à revista Time que uma estrela de cinema não é nada importante. "Freud, Gandhi, Marx - essas pessoas são importantes. Atuar é tolo, chato e um trabalho infantilóide. Todo mundo representa - quando queremos algo, quando queremos que alguém faça algo; atuamos o tempo todo." Mas seguramente nunca ninguém atuou como Brando.

Uma História de Amor

Título Original: Dedication
Origem: EUA
Ano: 2007
Diretor: Justin Theroux
Elenco: Billy Crudup, Mandy Moore, Tom Wilkinson, Christine Taylor, Bob Balaban, Cassidy Hinkle, Amy Sedaris, Dianne Wiest, Martin Freeman.

Duração: 95 min.
Gênero: Romance
Distribuidora: Califórnia

Sinopse:
Um anti-social e emocionalmente complexo autor de livros infantis de sucesso é forçado a trabalhar com uma bela ilustradora, depois que seu melhor amigo e colaborador criativo morre. Enquanto Henry Roth luta para deixar os fantasmas de amor e vida irem embora, ele descobre que talvez seja necessário um pouco de dedicação.

O primeiro ato de “Dedication”, que marca a estréia na direção do ator Justin Theroux (conhecido pelo papel em “Cidade dos Sonhos” e pela participação na quarta temporada de “Six Feet Under”), tem um objetivo puro e claro: mostrar que existe algo de errado com o escritor de livros infantis Henry Roth (Billy Crudup). Quando está ansioso e nervoso, ele dorme com algo pesado em cima dele. Teve a inspiração para o seu livro mais famoso ao assistir a um filme pornô no cinema. Quer se livrar da namorada (Christine Taylor) porque ainda não se sente pronto para casar. E, principalmente, sua personalidade é tão difícil e excêntrica que ele não consegue se relacionar bem com as pessoas que estão ao seu redor, com uma única exceção: o ilustrador Rudy Holt (Tom Wilkinson). Quando Rudy está prestes a morrer, deixa uma última mensagem ao melhor amigo: “termine o livro e encontre a garota certa”.

Apesar de ser totalmente o oposto de Henry Roth, Lucy Reilly (Mandy Moore, num dos papéis mais diferentes de sua carreira) também está bastante machucada e arredia. Ela acabou de terminar um relacionamento com Jeremy (Martin Freeman) e está por um fio de ser despejada de casa pela própria mãe (Dianne Wiest) por causa dos constantes atrasos no aluguel. Quando recebe a proposta de Arthur Planck (Bob Balaban) para ser a ilustradora do novo livro de Henry, Lucy não está somente interessada no dinheiro que o emprego lhe dará; e sim, está em busca da oportunidade de trabalhar com alguém que é realmente muito bom no que faz.

Em “Dedication”, iremos assistir ao que acontece no decorrer das três semanas em que Henry e Lucy se reúnem para trabalhar juntos. O roteiro do filme, que foi escrito pelo estreante David Bromberg, pode parecer, a princípio, uma obra muito pessimista; mas, na realidade, “Dedication” possui uma mensagem bastante otimista e que é apresentada de uma maneira muito bonita por Justin Theroux e elenco. O que iremos perceber é que o encontro entre estes dois personagens não aconteceu por acaso. Ele é somente uma conseqüência de outra frase que Rudy deixou para Henry no seu leito de morte: “a vida é um salto único para a felicidade”.

Gostei muito desse filme. E a estréia do Justin Theroux na direção de um longa-metragem é ótima.

O filme flui naturalmente. Há cenas densas, mas não foge nunca do seu objetivo. Theroux dirige com muita responsabilidade.

Destaque para Wilkinson, Wiest e Mandy Moore(sou fã dessa cantora fabulosa e ótima atriz). Estão muito bem.

O roteiro é, digamos assim, meio que alucinado. Temos que acompanhar atentamente, porque senão nos perdemos e acabamos por não entender certas mensagens. Isto torna o filme extraordinário. Prende o espectador de uma forma espetacular. Não dando tempo nem para raciocinar em certas tomadas, tal a agilidade das cenas.

A iluminação é ótima, roteiro muito bom. Gostei muito da montagem. Enfim um filme que a gente não esquece. Não é cansativo. Recomendo com louvor. Excelente.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Presente

Título Original: The Ultimate Gift
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 min
Ano de Lançamento: 2006

Elenco:
James Garner ... Howard 'Red' Stevens
Bill Cobbs ... Sr. Theophillis 'Ted' Hamilton
Lee Meriwether ... Miss Hastings
George Lee ... Pastor
Brett Rice ... Bill Stevens
D. David Morin ... Jack Stephens
Abigail Breslin ... Emily Rose
Ali Hillis ... Alexia
Drew Fuller ... Jason Stevens
Mircea Monroe ... Caitlin
Donna Cherry ... Sarah Stevens
Catherine McGoohan ... Ruth Stevens
Mark Joy ... Bill's Lawyer
Mel Fair ... Jack's Lawyer
Alecia Brady Curcuru ... Bill's Wife

Trilha Sonora:
“The Ultimate Gift”

Sinopse: Jason acabou de perder o avô bilionário que sempre odiou e estava certo de que não herdaria nada. Mas se enganou: "Red" Stevens (James Garner) deixou 12 tarefas para Jason, ao fim das quais ele será avaliado e, se merecer, terá direito ao que Red chama de "o maior de todos os presentes". Cada uma dessas tarefas tem o objetivo de promover alguma mudança em Jason, mas nenhuma terá tanta força quanto o encontro casual com a pequena Emily (Abigail Breslin).

Amigos verdadeiros são os maiores valores que temos em nossas vidas. Este filme é uma lição de vida, especialmente para pessoas que não sabem que há mais prazer em dar do que em receber.

Nos faz refletir sobre nossas vidas, e pensar o que realmente queremos dela, pois o dinheiro não é tudo. Jason era vazio até receber os presentes e descobrir o amor e a partir daí repensou a vida e seus valores mudaram.

Gostei da iluminação e da montagem. A trilha sonora é muito boa também. Excelente a atuação dos atores e em particular de Fuller. Filme simples e com muita força e objetividade em sua mensagem. A direção esteve perfeita e nunca deixando cair o clima formado nas cenas, que é de emoção. Muito bom. 

Cantando na Chuva

Sinopse:
Durante a passagem do cinema mudo para o sonoro, Don Lockwood (Kelly) se apaixona pela cantora Kathy Selden (Debbie Reynolds) escolhida para dublar a voz esganiçada da estrela Lina Lamont ( Jean Hagen).

Ficha Técnica:
Singin’ in the rain
EUA/1952
De: Gene Kelly e Staley Donen.
Com: Gene Kelly, Donald O´Connor, Debbie Reynolds, Jean Hagen, Milllard Mitchell, Cyd Charisse.
MGM
Musical/103 minutos.

Os amantes do cinema e aqueles que algum dia pretendem trabalhar na área, não podem deixar de ver o clássico mundialmente conhecido, Cantando na Chuva. Eleito um dos dez melhores da história do cinema americano. Despretensioso no início, nem mesmo seus diretores Gene Kelly / Stanley Donen e o mega produtor de musicais da Metro Arthur Freed, saberiam que este filme se tornaria o clássico que é hoje.

Em 1927, o mundo do cinema está passando por uma transição do cinema mudo para o falado. Hollywood está um verdadeiro rebuliço. O cinema que até então tinha em sua essência a representação muda, apenas com legendas e pianistas ao fundo, teve que se adequar urgentemente a essa nova tendência do mercado cinematográfico. Não foi nada fácil, muitos profissionais perderam seus trabalhos, houve suicídios e boicotes, um deles feito pelo mestre Charles Chaplin.

Don Lockood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen), o casal mais querido do cinema mudo, prepara-se para rodar um musical. Mas infelizmente Lina não só não sabe cantar, como tem uma voz horrível. A estreante Kathy Selden (Debbie Reynolds) é chamada a emprestar sua voz à estrela Lina, que aqui se torna uma espécie de vilã, com medo que seu lugar seja ocupado pela estreante. As gravações são uma confusão, mas tudo piora quando Don se apaixona pela doce Kathy. Ao lado de seu inseparável amigo e excelente dançarino, o compositor Cosmo Brown (Donald O’ Connor), ele tenta mostrar ao mundo o talento de Kathy. O filme tem seqüências musicais inesquecíveis, não podemos esquecer de Donald O’Connor que neste musical proporciona momentos eternos, um deles é a seqüência em que ele acaba estirado no chão. Em alguns momentos é notória a sua desenvoltura, o seu jeito alegre de cantar e representar, chegando a sufocar um pouco a apresentação de Kelly. Faltaram um pouco mais de “holofotes” para ele.

Gene Kelly, logo vem à memória a maravilhosa seqüência na rua, em frente à casa de Kathy. Quando ele se despede dela com um beijo, ela fecha a porta, ele vira para rua, “neste exato momento parece que os deuses do cinema o abençoam”.

Inicia-se a célebre sequência do musical cantando na chuva. A expressão de felicidade e a naturalidade com que ele parece flutuar pela rua são notáveis. A trilha sonora segue as batidas do personagem, seja com os pés nas poças de água ou com o guarda-chuva de baixo das goteiras das casas. Toda esta seqüência noturna foi rodada em estúdio, não ficando nada a dever aos filmes atuais. A jovem de apenas dezoito anos Debbie Reynolds, “ganhou na loteria”, este foi seu primeiro trabalho para as telas de cinema, que posteriormente viria a ser um sucesso. O filme tem a participação especial da estonteante Cyd Charisse, que mais tarde faria o filme Dançando nas Nuvens (55), com Kelly.

Prêmios: Golden Globe Award de melhor ator cômico (Donald O’ Connor). Indicação para o Oscar de melhor atriz coadjuvante (Jean Hagen) e trilha sonora.

Realmente é um dos maiores clássicos de Hollywood. Vale à pena conferir um tempo em que tudo era mais simples, sem muita sofisticação, mas nem por isso se deixava de fazer filmes como esse com elegância e bom gosto. Não fica a dever em nada aos filmes atuais.

Espetacular. É o clássico musical mais inesquecível de todos os tempos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Montanha Enfeitiçada


Informações Técnicas:
Título no Brasil: A Montanha Enfeitiçada
Título Original: Race to Witch Mountain
País de Origem: EUA
Gênero: Aventura
Classificação: 12 anos

Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estréia no Brasil: 17/04/2009
Estúdio/Distrib.: Buena Vista
Direção: Andy Fickman

Elenco:
Dwayne Johnson ... Jack Bruno
AnnaSophia Robb ... Sara

Sinopse:
Durante anos, existiram histórias sobre um lugar secreto no meio do deserto de Nevada, conhecido por fenômenos inexplicáveis e estranhas visões. Esse lugar chama-se Montanha Enfeitiçada. Quando um motorista de táxi de Las Vegas (Dwayne Johnson) encontra dois adolescentes com poderes sobrenaturais em seu táxi, ele se vê no meio de uma incrível aventura. Eles descobrem que a única chance de salvar o mundo encontra-se secretamente escondida na Montanha Enfeitiçada e começa uma corrida enquanto o governo, criminosos e até mesmo extraterrestres tentam detê-los.

Ótimas atuações. Os efeitos especiais são ótimos também. Trilha sonora belíssima... O filme nos convence em sua magia. . A direção não peca pelo excesso, pois o filme é um convite a isso. Enfim um filme de aventura que encanta o mais exigente espectador.

MÚSICA SERTANEJA ATUAL E O CENTRO URBANO: QUESTÃO DE AFINIDADE

A música sertaneja agora é romântica, pop e urbanizada. As duplas deixam de vir apenas das cidades interioranas e começam a se formar em grandes centros urbanos, como é o caso de Fabrício e Fabian, surgida no Rio de Janeiro.

O segundo álbum da dupla, Felicidade, lançado pela gravadora Simbrasil e distribuído pela Ouver Records, tem direção artística do maestro Roger Henri e arranjos de Paulo Henrique Castanheira.

Além de cantar, os irmãos também são compositores. Juntos, Fabrício e Fabian já escreveram mais de cem letras, algumas delas em parceria com importantes autores goianos como Rivanil, na canção Cumade e cumpadre, sucesso na voz de Leonardo; Everton Mattos, em Tachan no Hawai e Jairo Góes e Edmar Neves, compositor de Água de coco, também sucesso do cantor Leonardo. Em Felicidade, quatro canções das 14 faixas do novo trabalho são assinadas pela dupla: Por isso estás partindo (versão de That’s Why, de Jascha Richter, vocalista da banda dinamarquesa Michael Learns to Rock), Jóias de valor, voe contra o tempo (versão de Proud Mary, cantada por John C. Forgety, do Cre-edence Clearwater Reviva), e Rodeio no coração.

O Brasil finalmente mostra a sua cara. É um país eminentemente rural, nossas raízes estão fincadas no chão sem asfalto, na molecada de pés descalços e de violeiros de mãos calejadas. Parece que estamos vencendo o preconceito de que música sertaneja é do gosto e deleite somente de interioranos. Hoje, como já vimos temos duplas sertanejas vindas dos grandes centros, porém, ainda temos grandes nomes sertanejos vindos dos rincões de Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Goiás, etc...e fazendo sucesso nos grandes centros. O ideal no momento, já que não se pode evitar, é torcer para que haja uma junção dessa mescla de músicos para fortalecer o que mais importa na música sertaneja: - Que ao ouvi-la possa-se imaginar o mestre Carreirinho tocando sua inconfundível viola acompanhado pela voz lacrimosa de Leonardo.

Às vezes, tenho a impressão de que só essa musicalidade sertaneja pode resgatar o gosto apurado por coisas vindas da terra e com cheiro de mato. Só não podemos deixar que as novidades vindas dos eletrônicos varra de vez o que nós temos de mais bonito na cultura caipira: a naturalidade.

Por outro lado, sentimos falta das raízes sertanejas de mãos calejadas com suas violas ao vermos duplas que levam o nome universitário parecendo sair de um desfile fashion. Paga-se um preço por tudo se modificar, por tudo se transformar. Então o que nos resta? Acho que é acompanhar essa transformação dançando conforme a música e cantando sem desafinar, porém sem perder o gosto pelo simples, pela naturalidade. E que viva e sobreviva a afinidade.

E como diria um bom goiano: O TREM CUSTOSO!...

Portanto, salvemos o Sérgio Reis que existe dentro de cada um de nós.Ainda há tempo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O Grande Truque

   
The Prestige, EUA/ Reino Unido, 2006)
Gênero: Suspense
Tempo: 130 min.
Lançamento: 02 de Nov, 2006
Lançamento DVD: Mar de 2007
Classificação: 14 anos
Distribuidora: Warner Bros.

Atores: Hugh Jackman, Christian Bale, David Bowie, Michael Caine, Piper Perabo, Scarlett Johansson.
Dirigido por Christopher Nolan
Produzido por Christopher Nolan, Aaron Ryder, Emma Thomas
                                                                  
Sinopse:  
No século 19, em Londres, Rupert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) são dois mágicos cuja amizade vira rivalidade quando disputam alguns segredos relacionados à magia. A rivalidade torna-se tão intensa que eles acabam tomando atitudes drásticas, que marcam suas vidas para sempre.

"O Grande Truque" é um filme bonito,que tem em seus efeitos especiais a sua grande fotografia. Empolgante mesmo e confesso que não pude nem sequer me levantar da poltrona, porque eu tinha a impressão que ia me perder na trama. É um filme em que a direção trabalhou com a cabeça seriamente. Temos que prestar bastante atenção para entendermos bem o enredo, que é muito bom. A iluminação mandou bem, bem de acordo com os cenários (ora meio fosco, ora meio escuro, pois assim pedia o filme). A montagem bem inteligente e é nesse meio termo que podemos nos perder nas passagens de cena. Hugh Jackman mandando super bem como sempre. Todos os atores estiveram bem. A cena da água em que a moça sai morta é fantástica. De um realismo sem par.

Enfim, gostei do final. Super inteligente! Excelente...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Antes de Partir



Informações Técnicas:

Título Original: The Bucket List
País de Origem: EUA
Gênero: Drama / Aventura
Classificação etária: 10 anos
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estréia no Brasil: 22/02/2008
Site Oficial: http://thebucketlist.warnerbros.com
Estúdio/Distrib.: Warner Bros.
Direção: Rob Reiner

Elenco:

Jack Nicholson ... Edward Cole
Morgan Freeman ... Carter Chambers

Sinopse:

Edward Cole (Jack Nicholson) e Carter Chambers (Morgan Freeman) são dois homens com câncer em estágio terminal, que fogem do hospital e põem os pés na estrada com uma lista de coisas que gostariam de fazer antes de morrer.

Você já parou prá pensar sobre a importância de sua vida? Não? Pois não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. Uma frase corriqueira e é muito usada para se referir a compromissos importantes, geralmente voltados para o âmbito profissional ou algum outro do tipo. Mas não devemos deixar de lado a família, o lazer e a auto realização porque tudo isso faz parte de nossas vidas! Não possui apenas importância, mas sim, é o que temos de mais importante. É necessário aprender a valorizar o que temos de mais importante, inclusive observando que o tempo de nossas vidas passa rápido. "Antes de Partir" é um filme muito interessante e serve de exemplo a muitas pessoas que não sabem lidar com o diferente. Preconceituosos que julgam sem saber o seu dia de amanhã, pois consequências sempre virão depois de opiniões.Esse filme realmente é uma lição de vida.

Na cena de abertura uma voz em off de um dos personagens se questiona sobre a medida da vida. “Antes de Partir” é uma boa pedida. Sai praticamente ileso de um tema mais do que explorado e difícil para qualquer ser humano: a morte. Por dois motivos: pelos protagonistas – Jack Nicholson e Morgan Freeman – e pelo humor negro. Os dois, com câncer terminal, se conhecem no leito do hospital e descobrem juntos que têm poucos meses de vida. Inédito. Prontamente elaboram uma lista com os últimos desejos antes de abotoarem o paletó – ou chutarem o balde, como os americanos dizem. Nesta “Lista da Bota” algumas tarefas também são “déjà vu”: saltar de pára-quedas, dirigir um Mustang, conhecer o Taj Mahal, as pirâmides do Egito e as Muralhas da China.

O filme é sensível, profundo e o roteiro faz com que a gente viaje pelos valores, reveja suas crenças, a trilha sonora é impecável. Ótima montagem, ótima atuação dos personagens principais. Enfim, ótimo filme. Merece muitos aplausos!

sábado, 14 de maio de 2011

Em Busca da Felicidade


 The Pursuit of Happyness  

   Estados Unidos 2006
Drama
117m
Interpretação: James Lassiter, Will Smith, Jaden Smith, Jason Blumenthal
Argumento: Steve Conrad

Sinopse:

Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que nunca tem o dinheiro que necessita para viver. Apesar das suas tentativas de sustentar a família, a mãe (Thandie Newton) do seu filho Christopher de cinco anos (Jaden Christopher Syre Smith) não consegue suportar a pressão constante da falta de dinheiro e acaba por os deixar.

Chris, agora na situação de pai solteiro, continua a procurar um emprego onde ganhe mais, socorrendo-se de todas as técnicas de vendas que conhece.Acaba a estagiar numa conceituada empresa de corretagem e, embora sem ordenado, aceita o lugar, na esperança de que no fim do estágio consiga um emprego e um futuro promissor. No entanto, a falta de dinheiro leva a que ele e o filho sejam despejados do apartamento e obrigados a dormir em abrigos, estações de autocarros, casas de banho ou qualquer local que sirva de refúgio para passar a noite.

Apesar de todas as dificuldades, Chris continua a honrar os seus compromissos de pai extremoso, utilizando o afeto e a confiança que o filho depositou nele como ímpeto para ultrapassar todos os obstáculos que lhe surgem.

Ele já tinha provado que podia fazer drama em "Ali" (2001) e no filme que já postei aqui e adorei "Sete Vidas", mas desta vez ele se superou. Seguindo a cartilha de Jim Carrey que migrou lentamente da mais pura comédia para o drama e até suspense (O Número 23 está chegando!), Will Smith faz até marmanjo chorar.

Primeiramente vale ressaltar que o filme é baseado em fatos reais!
Todos nós sabemos que o filme é baseado em fatos reais e significa que 20% desse filme aconteceu de verdade, o resto é ficção, mas neste caso podemos ignorar este detalhe e abraçarmos a causa de Chris Gardner, pois o filme é encantador do início ao final!

Gardner é pura perseverança e garra, do ínicio ao fim do filme o universo conspirou contra ele: é a mulher que o larga, e ele que tem que sustentar e cuidar sozinho do seu filho Christopher (que é interpretado pelo próprio filho de Will Smith, Jaden Smith), são as malditas máquinas dando problemas de todos os jeitos, depois ainda ficou desabrigado….

O momento emocionante do filme é quando Chris é despejado da pensão que estava ficando porque não tinha grana para pagá-la e teve que arranjar um lugar para ficar com seu filho. O pior é que todos os abrigos da cidade estavam lotados, então ele foi para a estação de metrô com o pequeno. E lá acontece uma cena digna do filme A Vida É Bela. Chris consegue fazer seu filho pensar que a máquina de escaneamento de ossos é uma máquina do tempo, e eles “viajam” até o tempo das cavernas! E para se esconder dos dinossauros Chris fala ao seu filho que o banheiro do metrô é uma caverna e se abriga lá!

Chris dorme com seu filho no banheiro do metrô mas para o seu filho aquilo tudo não passava de uma brincadeira, e ainda para agravar a situação alguém tenta entrar no banheiro…só assistindo para ver a emoção da cena….

Esse filme é uma lição de vida e nos mostra que a determinação é tudo. Quando se quer chega-se lá! Basta a perseverança...

O filme é emocionante, iluminação perfeita, montagem espetacular e tem em Smith o seu ponto alto. A direção é espetacular... 

 O momento emocionante do filme é quando Chris é despejado da pensão que estava ficando porque não tinha grana para pagá-la e teve que arranjar um lugar para ficar com seu filho. O pior é que todos os abrigos da cidade estavam lotados, então ele foi para a estação de metrô com o pequeno. E lá acontece uma cena digna do filme A Vida É Bela. Chris consegue fazer seu filho pensar que a máquina de escaneamento de ossos é uma máquina do tempo, e eles “viajam” até o tempo das cavernas! E para se esconder dos dinossauros Chris fala ao seu filho que o banheiro do metrô é uma caverna e se abriga lá!

Chris dorme com seu filho no banheiro do metrô mas para o seu filho aquilo tudo não passava de uma brincadeira, e ainda para agravar a situação alguém tenta entrar no banheiro…só assistindo para ver a emoção da cena….

Esse filme é uma lição de vida e nos mostra que a determinação é tudo. Quando se quer chega-se lá! Basta a perseverança...

O filme é emocionante, iluminação perfeita, montagem espetacular e tem em Smith o seu ponto alto. A direção é espetacular... Vale à pena. Muito bom. 

O MAIS GENIAL

POEMA DAS SETE FACES


                                                 Quando nasci, um anjo torto                                                   
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás das mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Perfume - A História de um Assassino

Título original:  (The Story of a Murderer)
Lançamento  2006 (França, Alemanha, Espanha)
Direção:               Tom Tykwer
Atores:                 Ben Whishaw, Alvaro Roque, Franck Lefeuvre, Birgit Minichmayr.
Duração:          147 min
Gênero:               Ficção



O filme se passa no século XVIII, na França. Jean Baptiste Grenouille passou por grandes rejeições a começar por sua mãe, que o abandonou sob uma banca de peixes esperando que ali morresse como todos os outros cinco filhos que tivera. Mas por algum motivo sem explicação, em meio de tanta sujeira e condições precárias para um recém-nascido, contrariou todas as expectativas e sobreviveu à negligência de sua mãe e aos maus tratos de todos os outros durante o decorrer de sua infância.

Com um olfato apurado, a cada dia demonstrava grande obsessão por odores. Inicialmente não fazia distinção de bons e maus odores, mas quando se torna um homem, amadurecendo sua sexualidade e libido a fonte de seu prazer, de todos os olfatos anteriormente sem distinção, passou a ser o odor feminino.

O olfato era sua única via de reconhecimento e relacionamento com o mundo. Jean Baptiste dizia conhecer todos os odores do mundo, mas o que parecia chamar mais a atenção era o odor feminino. Tanto que, a partir desta obsessão, se transforma num assassino em série, tentando capturar o cheiro de mulheres, mas em vão, pois percebeu que aquele era um cheiro particular e não poderia ser encontrado em mais ninguém e nem retirado daquele corpo. Esta foi sua primeira grande frustração, pois percebeu que não podia reter sua fonte de prazer.

O jovem conhece um perfumista e consegue um trabalho mostrando seu talento e acaba fixado na idéia de capturar o cheiro de todas as coisas, com a intenção de capturar aquele cheiro que tanto lhe provocou prazer e frustração.

O grande ápice psicológico do protagonista acontece, enquanto estava a caminho do lugar que lhe ensinaria novas técnicas para capturar essências, quando percebe que ele mesmo não possuía cheiro e assim não possuía identidade. Sendo que a busca pelos odores estava além de seu prazer, tornando-se uma busca para si próprio, para se tornar um ser pertencente ao mundo, já que seu método de inclusão era feito pelos odores.

Como a lembrança  do prazer de ter sentido o cheiro de sua primeira vítima, sempre lhe vinha à memória, Jean Baptiste decidiu capturar o cheiro das mais belas e puras mulheres que encontrasse para reter suas essências e fazer o perfume perfeito.

O jovem consegue extrair toda a essência da pureza, beleza, sensualidade e inocência das garotas, vítimas de sua obsessão, unindo as notas perfeitas, criando um perfume que tinha de todas estas boas características de um modo concentrado, tornando esta essência capaz de manipular as pessoas. É notável que a inocência e a beleza feminina sempre foram apreciadas em todo o mundo e muitas vezes capazes de influenciar pessoas e por vezes até uma nação.

Jean Baptiste percebeu o poder que tinha em suas mãos, e quando estava para ser condenado pela morte de suas vítimas fez uso do perfume inebriante manipulando todos ao seu redor, fazendo com que o vissem como inocente, com uma pureza tão grande, sendo comparado até com um anjo. Ele utiliza o perfume para dar a ele mesmo essas características e neste momento aquele garoto que não possuía identidade e cheiro, estava ali com uma identidade invejável, tão boa que não poderia ser condenado.

Este perfume tinha uma magia tão incrível que quando espalhado entre as pessoas, fazia com elas tomassem para si as características do perfume, desencadeando uma paixão avassaladora e incontrolável entre os mesmos.

O jovem sabia de sua genialidade e do poder que havia criado, podendo controlar o mundo se quisesse, mas sabia também que aquele perfume nunca poderia lhe transformar em uma pessoa capaz de amar e ser amada como todas as outras, sendo essa descoberta a maior de todas as suas frustrações.

Assim, Jean Baptiste retorna ao local de sua infância, levado pelo cheiro de suas lembranças: um lugar mal-tratado, esquecido pela sociedade, onde as pessoas não tinham nenhum respeito por si e pelos outros. Acaba derramando o perfume todo sobre si e é devorado (literalmente) pelo amor daqueles que sempre o rejeitaram.

Acho que o  meio que se vive, ou seja, o meio ambiente influencia na vida de uma pessoa… Uma criança que não recebe os devidos cuidados pode num futuro se transformar num ser de qualquer tipo… Acredito que o meio ambiente influencia bem mais do que fatores genéticos na personalidade e caráter dos seres humanos…

Fazendo uma pesquisa sobre perfumes e seus símbolos achei interessante a sinopse do filme, a forma como o odor em um nível mais avançado pode causar estragos na personalidade de um homem. Com certeza  o ambiente em que ele nasceu e seus odores tenham uma ligação com todos os odores que ele sentiu na infância. 

O enredo do romance, por si só, já era algo um tanto estranho e, de certa maneira, complexo. Adaptá-lo para o cinema com certeza exigiria bastante da competência de seus realizadores. Pelo visto, o diretor Tom Tykwer fez um belo e grandioso trabalho neste filme. Tanto a direção como o roteiro ótimos. Atuação perfeita de Whishaw. Iluminação apropriada para o ambiente de filmagem. Recomendo com louvor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Como Você Sabe

Ficha Técnica:

Gênero:              Comédia, Drama e Romance
Duração:            121 min.
Origem:              Estados Unidos
Direção:             James L. Brooks
Roteiro:             James L. Brooks
Distribuidora:  Imagem Filmes
Censura:            12 anos
Ano:                    2010
Sinopse:
Lisa (Reese Witherspoon) é uma mulher cuja capacidade atlética é a paixão que define a sua vida, tendo sido seu foco desde a infância. Quando ela é cortada de sua equipe, tudo que ela já conheceu de repente é tirado dela. Não sabendo o que fazer, ela tropeça para construir uma vida normal. Assim, ela começa um romance com Matty (Owen Wilson), um lançador de beisebol da liga principal, um egocêntrico mulherengo - um narcisista com um código de honra.
 George (Paul Rudd) é um empresário centrado cujo complicado relacionamento com seu pai, Charles (Jack Nicholson), dá uma guinada quando George é acusado de um crime financeiro, mesmo que ele não tenha feito nada de errado. Embora ele possa estar indo para a cadeia, a honestidade, integridade e otimismo incessante de George podem ser o único caminho para manter sua sanidade.
 Antes do relacionamento de Lisa com Matty se fortalecer, ela conhece George e eles partem para um primeiro encontro onde comentam sobre as piores noites da vida de cada um: quando ela acaba de ser cortada do time, e quando ele acaba de ser processado. Quando tudo parece estar caindo aos pedaços, eles vão descobrir que, na verdade, algo maravilhoso está acontecendo.
 
 
 Elenco: 
 Reese Witherspoon
Paul Rudd
 Owen Wilson

Jack Nicholson

Kathryn Hahn

Mark Linn-Baker

Lenny Venito

Molly Price

Ron McLarty

Shelley Conn

Domenick Lombardozzi

John Tormey

Teyonah Parris

Tony Shalhoub

Dean Norris

Consegue ser melhor que os seus companheiros de gênero cinematográfico ao sair dos diálogos ruins, preencher a trama com atuações mais convincentes e não forçar piadas grosseiras e cair na mesmice de sempre na forma de apelação, vide Sexo sem compromisso e Esposa de Mentirinha, respectivamente.

A produção assinada por James L. Brooks transforma esse filme em um um produto aceitável.

Se Como Você Sabe consegue sair da mesmice dos filmes recentes do gênero, está bem longe da perfeição. São duas horas desnecessárias de projeção, que poderiam muito bem serem de, no máximo, 90 minutos. Duas horas de narrativas, às vezes, sem imaginação e cansativas. O roteiro de James L. Brooks  não é muito cuidadoso. Falta imaginação nas sequências que não surpreendem o espectador. Tudo muito previsível. Enfim, se não chega a ser um grande filme temos o consolo de que a direção e a produção não erraram tão feio ao escolher o elenco, que diga-se de passagem é muito bom. Isso pelo menos valorizará os centavos de quem se disponibilizar a pagar o ingresso. Recomendo, mas sem nenhuma euforia.

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