segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Reflexão Sobre o Caso da Enfermeira

Eu não tenho palavras para descrever o que senti ao ver trechos do vídeo em que a enfermeira tortura o yorkshire. Demorei escrever algo sobre o assunto, porque estou perplexa e com muita dor no coração. Na sexta-feira passada mal consegui trabalhar.
Eu tenho cinco cães em casa (Pimpão, Lana, Puma, Max e Rick). Cada um de um jeito e todos muito sapecas. Um faz xixi nos móveis, outro late demais, outro avança nas visitas, a outra destruiu todos os meus móveis… Juntos todos os dias eles fazem uma bela sinfonia de latidos, às 6h da manhã, de deixar qualquer visita e vizinhos de cabelo em pé.
Amo meus cães, são tratados como filhos, mas nesses três anos na companhia deles e escrevendo sobre animais de estimação aprendi muita coisa, inclusive que ter cachorro não é fácil.
Sim eles dão trabalho, muitas vezes nos irritam com suas peripécias. Tanto que quando recebo candidatos à adoção de cães (de cachorros que pego na rua ou de colega sua pedem ajuda) rezo uma missa de mil motivos para que a pessoa desista de levá-lo para casa. Só depois de provar que ama verdadeiramente o bicho é que deixo a pessoa ir embora com a preciosidade que acabou de ganhar.
Quem me vê falando assim com alguém que quer adotar um animal acha que eu sou louca. Mas, faço isso justamente porque quero evitar o abandono ou casos de crueldade. Nesse tempo como “colunista canina” infelizmente o caso da enfermeira que espancou o yorkshire não é o primeiro que vejo. Já vi cenas tão tristes e cruéis ao vivo.
Acompanhei de perto a história de um poodle muito doente que foi abandonado em um terreno e que até os urubus tiveram mais dignidade do que o dono que o abandonou. As aves estavam esperando o poodle morrer para poder comê-lo.
Vi também o caso de um border collie que foi atropelado várias vezes pelo dono que tinha a intenção de matá-lo. Não conseguindo levou o cão ao veterinário para que ele terminasse o trabalho. Por sorte o border collie caiu nas mãos de um homem especial que ao contrário de matá-lo protegeu e salvou sua vida.
orkshire, poodle, border collie, todos cães de raça desejados por tantas pessoas. Por que não doá-los ao invés de maltrata-los? Essa reposta eu não tenho meu caros. No entanto, deixo a seguinte mensagem paraTODOS os donos que amam seus pets de verdade. Parem de colocar seus cães para cruzarem. A gente vende ou doa bem um ou dois filhotes, os outros três você não conhece a pessoa para quem vai doar ou vender. E eles podem parar nas mãos de pessoas como a enfermeira. Acreditem, existem muitas por aí. E depois elas alegam que teve uma crise nervosa.
Porque cão realmente dá trabalho, em compensação eles são capazes de amar de um jeito infinitamente superior aos seres humanos. Mais uma vez levanto a bandeira da castração. Deixe o cruzamento de animais para criadores sérios e responsáveis e não comprem animais de quem exploram esse mercado de uma maneira fria e cruel criando verdadeiras fábricas de filhotes.
No entanto, o melhor mesmo é adotar. São animais eternamente gratos, mas lembre-se também fazem xixi, coco, latem, estragam móveis…se você quiser um que não faça isso, compre um ursinho de pelúcia, como diria a amiga protetora dos animais Leila Issa.
No caso, do York, como em todos os outros espero justiça e não que tudo termine em cestas básicas.
A lei precisa mudar…um cão quando mata um ser humano é morto imediatamente, um ser humano quando mata um cão nada acontece. Os animais assim como qualquer outro ser humano merecem respeito. Por que sua vida valeria mais do que a dele?
Para finalizar deixo essa mensagem que sempre me emociono ao ler:
Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca.
Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo.
Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro.
Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro.
Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?
Valeriana Medrado (jornalista)

Meu comentário:
País de primeiro mundo é assim tratam os animais com respeito!!! Aqui no Brasil cachorro é tratado com descaso, circulam pelas ruas como se fossem lixo e totalmente abandonados à mercê de toda sorte.Eles não dão dinheiro como, por exemplo, um cavalo. A maioria das pessoas nem ligam prá' eles. E quando uma louca mata um cãozinho indefeso vem um clamor popular. E prá' culminar, ainda por cima, nem sequer vai presa. Me causa tristeza e estranheza esse meu, esse nosso país

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vidas Amargas


Direção: Elia Kazan
Roteiro: Paul Osborn (roteiro), John Steinbeck
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 115 minutos - Longa Metragem

Sinopse  (East of Eden, 1955):  No Vale das Salinas, região da Califórnia, por volta da 1a. Guerra Mundial, Carl é o filho rebelde e mal compreendido de Adam. Desde a infância, ele luta obsessivamente pelo amor do pai. No entanto, Adam não esconde sua preferência para o outro filho, Aron, considerado o "menino de ouro" da família e que está noivo de Abra. Solitário no mundo, Carl descobre que sua mãe, até então dada como morta, reside na vila ao lado.

Vidas Amargas é um filme sobre conflito de gerações, mas que vai muito além disso. É uma obra densa com personagens complexos e outros temas estão lá: o impacto da tecnologia; a transformação que a guerra traz à vida de uma pequena comunidade; a solidão; a perda da inocência; o conflito entre alinhados e desajustados; entre formais e viscerais; entre certinhos e malandros; e por que não dizer: entre o bem e o mal.

Falar de Vidas Amargas é muito fácil. Um filme que envolve o espectador, com personagens vibrantes e fortes. James Dean ficou como uma lenda para nós cinéfolos. Atuação perfeita, digna de Oscar. A direção de Kasan é excelente. Um clássico que marcou uma época. 

Mesmo já passados quase sessenta anos ainda nos parece atual. É a prova cabal de que o ser humano com toda sua tecnologia não evoluiu e nem mudou tanto assim em suas condutas. Um filme com certeza futurístico, feito para todas as gerações... Então! Que assim seja...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mantra Silencioso


Você me faz tanta falta!
Sinto saudades de você!

O prazo de validade de nossa convivência parecia 
que jamais seria vencido,
mas rompeste o silêncio do nosso mantra.

Recusaste a ouvir o teu e o meu coração.
Tão incomum foste na tua indiferença.
Preferiste se afastar de mim.

O tempo passando rápido e você também.
O teu e o meu mundo entristecendo. 
O que poderia ter sido mais grave?
O ato de continuar ou o ato de se distanciar?

Se corrêssemos o risco
saberíamos nos dizer o que foi tudo isso que não vivemos...

Eu sinto tanto a tua falta!
No fundo a culpa foi toda minha.
Não soube fugir da sua ausência,
pois você se escondeu aqui dentro de mim.

Das poucas coisas que não me disseste,
resta e sempre restará alguma frase que não foi dita.
Ah! Tanto eu teria ainda para me calar!

Não, na verdade não sinto só saudades.
O que sinto também será obsessão?

Teimo em não aceitar o inevitável.
Você me disse adeus silenciosamente.
E eu continuo sem querer  te escutar.
E o previsível aconteceu!

 Te peço que ao menos faças uma coisa por nós:
Quando nas ruas da vida nos encontrarmos me surpreenda. 
Me olhe com olhos de surpresa,
e sutilmente me convide a te ver passar... 




domingo, 27 de novembro de 2011

MÁRIO QUINTANA

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. 
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... 

Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" 

e fazem qualquer homem sofrer ... 
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... 
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... 
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... 
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga

é a que mais pensa em você... 
Um dia saberemos a importância da frase: 

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." 
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, 

mas não damos valor a isso... 
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... 

Enfim... 
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... 

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Amizade


A amizade essa complexa, convexa e sem noção... 
Nos deixa animados e nos desanima.

Sorri ao nos deixar triste.
Nos faz chorar ao trazer alegria.

É a verdade dos francos. 
A maldade dos bons. 
A falsidade dos fracos.

Quantas vezes cometemos erros ao
Abaixarmos ou erguermos nossa cabeça,
 Furtando-nos a crer que alguém nos surpreendeu demonstrando
Muita ou pouca amizade.

Os amigos de verdade nos deixam apáticos
com afagos e carinhos.
Os falsos amigos nos ensinam a saber distinguir
o joio do trigo.
Ambos nos ensinam alguma coisa, nos ensinam a viver...

Quando vencemos as dificuldades
achamos que conquistamos o mundo.
Quando somos vencidos achamos que fomos tolos. 

Conselho de amiga:
Procure viver no seu mundinho 
e costume chamar esse lugar de seu universo particular. 
Observe nos seus devaneios o brilho de cada estrela.
Como se cada uma delas representasse um amigo. 

Entre estrelinhas e entrelinhas
suplico às marés e choro como os rios. 
Saboreio o doce e o fel
como se fosse a última ópera.
Olho a amizade com desconfiança.
Ao mesmo tempo boto fé, muita fé na amizade.

Me pergunto o que fazer se   
os donos da verdade estão soltos por aí.
Me guardo, então, dentro da minha realidade.
Nunca sofro por antecipação.

Quando encontro os amigos bato aquele papo
e concordo com todos eles, descontando toda a minha amargura
com um breve sorriso de adeus.

Entre idas e vindas admiro o silêncio do mar.
Entre idas e vindas admiro o seu silêncio,
Pois esse sim é um verdadeiro amigo.
Esse sabe escutar!  
Sinto o seu beijo sempre que vou mergulhar.

Ah! Quer saber amigo? Preciso mesmo é da sua amizade.





domingo, 6 de novembro de 2011

Ritual


 

Sinopse: Inspirado em fatos reais, este thriller sobrenatural narra a história de um estudante seminarista (Colin O'Donoghue), enviado ao Vaticano para estudar exorcismo, apesar de sua relutância sobre o assunto e sobre a sua própria fé. Tudo muda quando ele é enviado como aprendiz ao Padre Lucas (Anthony Hopkins), que já realizou milhares de exorcismos e seu ceticismo começa a cair. Atraídos para um novo caso que transcende até as habilidades do Padre Lucas, o jovem seminarista descobre uma ciência que não pode explicar um fenômeno violento e aterrorizante que o obriga a questionar tudo em que acredita.

Desde a "Profecia", que eu não via um filme tão forte a ponto de ter cenas deletadas. Observei momentos de suspense e terror (discordo de que seja somente um drama, mesmo sendo baseado em fatos reais), que parecem terem sido feitos para testar a nossa capacidade de suportar as violências que vinham uma atrás da outra e assustadoras. Ritual começou com cenas de verdadeiro ritual entre pai e filho (fazendo jus ao título  do filme). A cena em que ele via seu pai arrumar sua mãe para o enterro é fortíssima. No início não consegui entender como a  ligação com o pai,  tão  fria e distante, não o transformou em um psicopata. Depois entendi porque fazia sentido o personagem de Colin ter pouca fé. Fé esta que, coerentemente, mudou no decorrer da trama.

Enfim, Ritual tem como foco a religião querendo provocar o espectador de todos as formas. Ora, levando-nos a acreditar no que víamos, ora forçando-nos até  mesmo se portar como céticos. Ritual conseguiu uma proeza: identificar o personagem de Colin com o espectador. O que, digamos de passagem, não é nada fácil em se tratando de um filme tão forte em seu enredo.

Ritual claramente faz uma apologia  ao exorcismo que vende, ao exorcismo do cinema. O mesmo guichê dos outros tantos filmes da mesma linha, com uma grande diferença: no elenco está Hopkins fantástico como sempre! Temos uma Alice Braga excelente e um Colin maravilhoso na pele de um padre confuso e indeciso na sua fé.

Apesar de achar o filme às vezes meio repetitivo, entendo que o diretor Hafstrom procurou somar ao enredo já tão batido um ótimo elenco. Conseguu dessa forma prender o espectador na poltrona. Recomendo somente para quem gosta do gênero...Quem não admira vai odiar mais ainda!!!

FICHA TÉCNICA
Diretor: Mikael Håfström
Elenco: Alice Braga, Anthony Hopkins, Ciarán Hinds, Rutger Hauer, Chris Marquette, Toby Jones, Franco Nero, Torrey DeVitto, Colin O'Donoghue, Maria Grazia Cucinotta, Marta Gastini, Rosa Pianeta, Ben Cheetham
Produção: Beau Flynn, Tripp Vinson
Roteiro: Michael Petroni
Fotografia: Ben Davis
Duração: 114 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: New Line Cinema / Contrafilm / Fletcher & Company
Classificação: 14 anos

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cisne Negro




Título original: (Black Swan)
Lançamento: 2010 (EUA)
Direção: Darren Aronofsky
Atores: Natalie Portman, Mila Kunis, Winona Ryder, Vincent Cassel.
Duração: 103 min
Gênero: Suspense
Status: Em cartaz





Sinopse: Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).

Um filme eletrizante! Confesso que levei muito susto, pois existiam situações realmente inesperadas. Excelente a atuação de Natalie Portman em um filme super tenso e, chegando às vezes a ser aterrorizante. A direção de Aronofsky merece destaque.

Gostei do filme de imediato. Realmente a Natalie Portmam é uma atriz sensacional!  Portmam enfrentou enormes dificuldades para desempenhar o papel. Emagreceu demais para encarnar uma bailarina e aos 30 anos deu um show. Foi merecido o Oscar que ela ganhou! Sendo mãe e filha problemáticas, por vezes achei forte demais a relação entre elas. A atuação de Hershey (mãe de Nina) foi igualmente fantástica. Realmente me impressionei com as veracidades das cenas em que Nina se transportava. O espectador fica sem saber se as cenas estão sendo vividas pela personagem ou se é alucinação. Enfim, as cenas foram tão bem feitas que nos convencia que era tudo realidade! Tudo muito lindo e assustador, com uma fotografia belíssima. Vincent Cassel (Leroy) esteve muito sexi e charmoso o tempo todo...

Para quem gosta de filmes com enredos nebulosos e até meio confusos é um prato cheio, pois faz o espectador pensar. Neste caso tem um detalhe nesse filme que faz a diferença: - A direção obedeceu o roteiro sem ofuscar a interpretação dos atores, que estiveram maravilhosos em todas as cenas. Muito bom!!!

sábado, 24 de setembro de 2011

Efeito Borboleta



The Butterfly Effect / Efeito Borboleta é um filme norte-americano, lançado em 2004 de ficção científica/drama, 113 minutos, estrelando Ashton Kutcher, Melora Walters, Amy Smart, Eric Stoltz e outros atores da New Line Cinema. O filme foi escrito e dirigido por Eric Bress e J. Mackye Gruber.

Este filme teve como inspiração a teoria do caos, onde está presente a teoria do "Efeito Borboleta".

FILME  MUITO COMPLEXO, MAS NÃO MENOS INSTIGANTE. FORÇA A GENTE SE VOLTAR PARA DENTRO DE NÓS MESMOS A PROCURA DE ALGO, DIGAMOS ASSIM, GUARDADO EM SETE CHAVES PELAS NOSSAS LEMBRANÇAS. ELE DIVIDE-SE EM PARTES 01, 02 E 03.

Efeito Borboleta, karma, destino e o livre-arbítrio (1ª parte)

por Victor Sergio de Paula - victor19lexpaula@yahoo.com.br

1. EFEITO BORBOLETA, O FILME

Evan Treborn, vivido pelo ator Ashton Kutcher, perdeu o sentido do tempo. Ainda criança vive verdadeiros lapsos temporais, onde eventos significativos da sua vida caem no buraco negro do esquecimento. A juventude cheia de frustrações é repleta de acontecimentos dolorosos, dos quais alguns ele não consegue recordar. Evan Treborn assiste às vidas das pessoas a seu redor, em especial de seus amigos de infância - Kayleigh (Amy Smart), Lenny (Elden Henson) e Tommy (William Lee Scott) - serem alvo de duros reveses.

Sob cuidados psicológicos desde a infância, ele é incentivado a escrever um diário onde registra sua atormentada existência. Na faculdade, aparentemente livre das “crises” de lapso de memória, Evan, em determinado momento do filme é levado a rever seus diários, e no instante em que começa a ler suas memórias sente algo espantosamente inexplicável: faz uma viagem no tempo, ao passado. Percebe que os cadernos-diários guardados desde a infância são um veículo que o leva de volta ao passado para recuperar as memórias “perdidas”. Entretanto, as recordações trazidas do presente carregam uma alta carga de “culpa”, fazendo com que ele sinta-se responsável pelas vidas destruídas dos amigos - um deles com sérios traumas emocionais - principalmente a vida de Kayleigh, a namorada da infância que ele continuou a amar até adulto.

Descobrindo a possibilidade de “viajar no tempo”, Evan começa a voltar sequencialmente ao passado - pois pode manter a mente de adulto no corpo de criança - decidido a fazer coisas da qual era incapaz na época, para tentar reescrever a VIDA e poupar aos amigos e às pessoas queridas aquelas experiências traumáticas.

Entretanto, toda a vez que Evan Treborn MUDA UM ACONTECIMENTO PASSADO, ao voltar ao presente descobre que seus atos tiveram CONSEQUÊNCIAS INESPERADAS E DESASTROSAS NO PRESENTE. O personagem vai aos poucos percebendo uma dinâmica existencial, muito mais intrincada e complexa do que poderia supor, além do raciocínio cartesiano da temporalidade linear de passado-presente-futuro.

O filme aborda a questão da “LEI DE AÇÃO E REAÇÃO”, utilizando os princípios da chamada TEORIA DO CAOS que preconiza a existência do EFEITO BORBOLETA.

2. A TEORIA DO CAOS (O EFEITO BORBOLETA)

Filha da cibernética e da teoria da informação a TEORIA DO CAOS surgiu no século XX, em meados da década de 60, com as elaborações do matemático Benoilt Mandelbrot a respeito do tempo metereológico. Os trabalhos de Mandelbrot começavam nos limites da ciência clássica que era extremamente influenciada pela invenção do relógio. O relógio simbolizou, para muitos cientistas, a ordem do universo porque seus movimentos são “totalmente previsíveis”.

Na visão cartesiana da natureza proposta pela ciência tradicional, bastava “desmontar” os fenômenos do universo para conhecer seu funcionamento e essa visão mecanicista do mundo ganhou uma metáfora no DEMÔNIO DE LAPLACE. O cientista francês propôs que se uma “consciência” soubesse todos os dados de todas as partículas do universo e fosse capaz de fazer os cálculos necessários, teria condições de prever o seu funcionamento com perfeição. O Demônio Laplaciano teria diante de si O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO.

2.1 O EFEITO BORBOLETA

Quando falamos de determinismo – o demônio de Laplace – podemos pensar numa simples viagem de avião: se soubermos a distância a ser percorrida, a velocidade do avião, a existência ou não de escalas, poderemos calcular com absoluta precisão o horário de chegada no local de destino.

A situação pode funcionar na teoria, mas na prática a realidade é outra. Uma turbulência imprevista, a formação de um teto baixo no aeroporto de destino impossibilitando o pouso, um defeito numa peça da aeronave, e outras ocorrências, poderão provocar atrasos ou impossibilitar simplesmente a viagem. Tais possibilidades estão presentes em concordância com a Teoria do Caos, porque a maioria dos sistemas não pode ser determinado em decorrência da chamada “dependência sensível das condições iniciais, ou EFEITO BORBOLETA”.

A expressão “efeito borboleta” é usada para denominar um fenômeno no qual uma borboleta, batendo suas asas na muralha da China, pode provocar uma tempestade em Nova York, ou seja, fenômenos em que um pequeno fator provoca grandes transformações são mais comuns do que se pensa.

3. DETERMINISMO E LIVRE-ARBÍTRIO

A tese filosófica do DETERMINISMO, debatida há milênios pelos filósofos, sustenta em termos gerais que tudo o que acontece está predeterminado, ou seja, o livre-arbítrio seria quase uma ilusão. A ciência e a filosofia têm sustentado que a matéria comporta-se de forma completamente determinista, e a partir dos séculos XVI e XVII, tal posicionamento foi ratificado com as teorias do brilhante Sir Isaac Newton.

Podemos afirmar com alguma segurança que no âmbito dos fenômenos materiais o determinismo pode ser utilizado como parâmetro para prevermos o comportamento de sistemas, em dado momento e condições específicas, com “absoluta” precisão. Entretanto, quando aplicamos o chamado determinismo ao ser humano e sua existência no atual panorama planetário, surgem vários obstáculos que impedem a “pré-determinação”.

3.1 LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE

Ao lidarmos com o ser humano, a visão materialista de que tudo no homem é MATÉRIA coloca-nos em conflito com a delicada questão do LIVRE-ARBÍTRIO. Se o homem fosse composto apenas de matéria, que está sujeita a leis rígidas segundo a ciência clássica, como poderíamos modificar nosso destino? Haveria por conseqüência a chamada FATALIDADE? Buscando a definição de fatalidade no dicionário encontramos: “fatalidade é a marca do que é fatal, a força daquilo que predispõe irrevogavelmente os acontecimentos, o destino”.

Na definição de fatalidade surge o adjetivo fatal que segundo sua definição é “aquilo que é certo, prescrito pelo destino, inadiável, irrevogável, que necessariamente acontecerá, inevitável, decisivo funesto, nefasto”. Logo, quando falamos de destino vinculamos ao mesmo à ideia de fatalidade, algo fatal, simplesmente irrevogável, inevitável, decisivo, funesto e nefasto. A noção de destino como algo fatal, e fatal como funesto e nefasto está implícita em nosso inconsciente há muitas vidas, provavelmente, e tem levado o ser humano a conclusões equivocadas a respeito dos acontecimentos de sua vida.

Da primeira a última parte verificamos atores bem engajados com a trama, com direção perfeita e não se perdendo em momento algum nas sequências. Enfim, um filme para vermos e revermos. Sendo complexo é bom que seja mesmo dividido em três partes, porque assim nos faz refletir com mais clareza. Não é cansativo... Recomendo como filme questionador e que tem fundamento em suas questões. Inteligente!

"AMOR" (FERNANDO PESSOA)

O AMOR QUANDO SE REVELA
NÃO SE SABE REVELAR
SABE BEM OLHAR PARA ELA
MAS NÃO LHE SABE FALAR.
 
QUEM QUER DIZER O QUE SENTE
NÃO SABE O QUE HÁ DE DIZER
FALA: PARECE QUE MENTE
CALA: PARECE ESQUECER
MAS SE ELA ADIVINHASSE,
SE PUDESSE OUVIR O OLHAR,
E SE UM OLHAR LHE BASTASSE
PARA SABER QUE A ESTÃO A AMAR
MAS QUEM SENTE MUITO CALA
QUEM QUER DIZER QUANTO SENTE
FICA SEM ALMA NEM FALA
FICA SÓ INTEIRAMENTE.

MAS SE ISTO PUDER CONTAR-LHE
O QUE NÃO LHE OUSO CONTAR
JÁ NÃO TEREI QUE CONTAR-LHE
PORQUE LHE ESTOU A FALAR.

 

 


domingo, 18 de setembro de 2011

Justiça a Qualquer Preço








Título Original: The Flock
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Classificação etária: 16 anos
Tempo de Duração: 101 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estúdio/Distrib.: California Filmes
Direção: Wai Keung Lau / Niels Mueller





                                                                                                Elenco:
                                                                Richard Gere ... Agent Erroll Babbage
                                                                        Claire Danes . Allison Laurie
                                                                       Ed Ackerman .. Louis Kessler
                                                                Dwayne L. Barnes ... Vincent Dennison
                                                                                Josh Berry ... Deputy
                                                                               Frank Bond ... Deputy
                                                                            Twink Caplan ... Waitress

Sinopse: O agente Errol (Richard Gere) vigia e visita os acusados por delitos sexuais que saíram da prisão. Prestes a se aposentar, sua substituta Allison (Claire Danes) o acompanhará durante três semanas para aprender o ofício, apesar de não concordar com seus métodos violentos. Durante esse período, uma jovem desaparece e Errol desconfia que o responsável é um de seus ex-prisioneiros.
Este filme é forte. É marcante a capacidade que a máquina cinematográfica norte-americana tem de garimpar talentos no exterior somente para mastigá-los e descartá-los em Hollywood. O fato pode ser, mais uma vez, comprovado em Justiça a Qualquer Preço, filme que marca a estréia no mercado americano de Lau Wai-keung, diretor dos mais premiados em Hong Kong, mas que desembarca nos EUA, muda seu nome para Andrew Lau e cria apenas mais um filme policial que qualquer cineasta mediano poderia ter feito. Só para lembrar, Lau dirigiu em Hong Kong o famoso Conflitos Internos , que inspirou o premiado Os Infiltrados , de Martin Scorsese.

Em Justiça a Qualquer Preço, o agente Errol (Richard Gere) é um policial obstinado, encarregado de vigiar e visitar todos os acusados por delitos sexuais que saíram da prisão. Prestes a se aposentar (outro clichê), uma de suas tarefas é treinar Alisson (Claire Danes), a agente que será sua substituta.

Como não poderia deixar de ser, os métodos do veterano “linha dura” e da jovem idealista rapidamente entram em conflito, causando uma forte tensão entre ambos. Ou seja, um filme igual a tantos outros, com um roteiro dos mais convencionais escrito por Hans Bauer (de Anaconda, o primeiro e o segundo) e pelo quase desconhecido Craig Mitchell. O diretor Lau não merecia um roteiro melhor ou a ideia é justamente “apagar” lentamente os talentos vindos do Exterior? Totalmente descartável.

Um assistente-social alcoólatra que faz justiça com as próprias mãos. Nos filmes norte-americanos sempre a mesma fórmula: os bandidos malvados contra os mocinhos heróicos ou anti-heróicos. Como os crimes são hediondos usa-se a atitude do personagem de Gere para justificar tanta violência por parte dele, mostrando assim que só dessa forma se resolve o problema. Merece menção a boa interpretação de Gere que, vamos combinar, tem um charme irresistível. Quando fecha aqueles olhinhos não tem prá ninguém. Um thriller policial que não é lá muito criativo, mas que também não compromete a boa direção de Law.

Achei a montagem interessante, a iluminação boa e a interpretação dos atores não interfere em nenhum momento no bom roteiro do filme.

Um filme regular, mas que distrai o espectador à sua maneira... E que venham mais filmes com Gere, que é um show à parte... 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Em Algum Lugar do Passado



Título original: (Somewhere in Time)
Lançamento: 1980 (EUA)
Direção: Jeannot Szwarc
Atores: Christopher Reeve, Jane Seymour, Christopher Plummer, Teresa Wright
Duração: 103 min
Gênero: Romance
Título original:Somewhere in Time
Gênero:Romance
Duração:1 hr 43 min
Ano de lançamento: 1980
Estúdio: Universal Pictures / Rastar Pictures
Distribuidora: Universal Pictures
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Richard Matheson, baseado em livro de Richard Matheson
Produção: Stephen Deutsch e Ray Stark
Música: John Barry
Fotografia: Isidore Mankofsky
Fgurino: Jean-Pierre Dorléac
Edição: Jeff Gourson

Sinopse: Universidade de Millfield, maio de 1972. Richard Collier (Christopher Reeve) é um jovem teatrólogo que conhece na noite de estréia da sua primeira peça uma senhora, idosa, que lhe dá um antigo relógio de bolso enquanto, em tom de súplica, lhe diz: "volte para mim". Ela se retira sem dizer mais nada, deixando Richard intrigado enquanto volta para seu quarto no Grand Hotel. Chicago, 1980. Richard não consegue terminar sua nova peça, assim decide viajar sem destino certo e resolve se hospedar no Grand Hotel. Lá resolve visitar o Salão Histórico, que esta está repleto de antiguidades e curiosidades do hotel, e fica encantado com a fotografia de uma bela mulher. Como não havia plaqueta de identificação Richard procura Arthur Biehl (Bill Erwin), um antigo funcionário do hotel, que diz para Richard que o nome dela é Elise McKenna (Jane Seymour), uma atriz famosa que fez uma peça no teatro do hotel em 1912. Collier fica tão obcecado com o rosto de Elise que decide não partir e então vai até uma biblioteca próxima, onde pesquisa sobre McKenna. Para sua surpresa descobre que Elise é a mesma mulher que lhe deu o relógio, que ele carrega até hoje. Richard então procura Laura Roberts (Teresa Wright), que escreveu o artigo sobre Elise. Inicialmente ela não o recebe bem, mas quando ele mostra o relógio Laura fica espantada, pois era uma objeto de estimação que ela nunca se separava e sumiu na noite em que ela morreu, ou seja, na noite em que falou com Richard. Ao conversar mais calmamente com Laura, Richard toma consciência que ele e Elise tinham vários fatores em comum, mas parece que para achar a peça que falta deste bastante intricado quebra-cabeças ele terá de ir em algum lugar do passado, mas para isto precisa se desligar totalmente do presente.

UM CLÁSSICO! Um amor que venceu as barreiras do espaço e tempo para encontrar a pessoa amada. Muitos tentaram repetir a fórmula desse filme e ninguém conseguiu. Um dos filmes mais simples e de singular beleza e uma força que nos convence, levando-nos até mesmo a acreditar em amor além da matéria.

Com mais de três décadas esse maravilhoso filme nunca cansa o espectador romântico. Nos faz presenciar uma história tão real, que nos transporta naturalmente através do tempo. Quando a palavra é romance, Em Algum Lugar do Passado é sinônimo de filme que não precisa justificativa. Ele é e pronto!

Clássico inesquecível que não pode faltar na coleção de nenhuma pessoa sensível. Nos convence em acreditar no amor e nas coisas incríveis das quais somos capazes de fazer quando somos movidos por este sentimento!

A trilha sonora é uma das melhores de todos os tempos. John Barry caprichou. A direção de Szwarc é perfeita. O roteiro é maravilhoso e a atuação do saudoso Cristopher Reeve é muito boa. Os cenários são estonteantes. E uma pergunta ficará para sempre no ar: - Quem não gostaria de voltar no tempo revivendo um grande amor? Quem não gostaria?

sábado, 10 de setembro de 2011

O Sequestro do Metrô 123


Elenco:
Denzel Washington:  Walter Garber
Luis Guzmán: Phil Ramos
Victor Gojcaj: Bashkim
John Turturro: Camonetti

Título no Brasil: O Sequestro do Metrô 123
Título Original: The Taking of Pelham 123
País de Origem: EUA / Reino Unido
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 106 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estúdio/Distrib.: Sony Pictures
Direção: Tony Scott

Sinopse: Uma viagem muito tensa está prestes a acontecer na cidade de Nova York. Era mais um dia normal para Walter Garber (Denzel Washington), um funcionário do metrô. Isso até uma gangue de criminosos  liderada pelo misterioso Ryder (John Travolta) sequestrar um dos carros do metrô. O resgate exigido: dez milhões de dólares. O prazo: uma hora. Walter se vê arremessado numa corrida contra o tempo para salvar as vidas dos reféns inocentes do vagão... e para impedir que Ryder escape. 

Pela segunda vez O Sequestro do Metrô 123 é refilmado. Em 1974 e outra nos anos 90. Dessa vez temos um longa com o fantástico Denzel Washingtn, um ótimo John Travolta mais os corretíssimos John Turturro, James Gandolfini sob a direção de Tony Scott.

Uma abertura rápida e bem definida. Em meio aos créditos, apresenta os vilões, a ação deles e também a rotina da companhia de metrô, de seus funcionários e do herói do filme (Washington). Daí em diante, daria para dizer que Scott fez um filme burocrático no sentido de ter em mãos um roteiro previsível.

O grupo que lidera o sequestro é liderado por Ryder (Travolta), que trava diálogo pelo rádio  revelando  sua personalidade doentia e disposto a tudo para conquistar seu objetivo. Entre os clichês, vemos passageiros típicos como um negro, uma mãe com uma criança, um jovem espetado na rede com seu notebook e ainda vilões de nacionalidades diferentes..

Tenso por isso: a prefeitura de Nova York tem uma hora para entregar US$ 10 milhões em notas de US$ 100. Para cada minuto de atraso, a execução de um passageiro. Com este espaço de tempo na tela, até que Scott consegue impor uma certa agilidade na trama que dura horas. Sem muitas cenas de ação, vemos, em determinado momento um carro capotando (acho que foi um gancho sem propósito dentro da trama).

A conversa entre os policiais, que levam o resgate sobre ficar com uma parte da grana, revela que a corrupção pode estar em todos os lugares. A edição é boa e a trilha sonora de acordo com o enredo. Sem propósito é a hora em que os adolescentes dizem que se amam durante o sequestro.

Scott é fraco na direção. Os atores estão bem em seus papéis. Fico sempre fascinada com o olhar maravilhoso de Washington quando demonstra sua emoção. Para quem gosta de viajar no suspense é uma boa opção. Sente-se na poltrona e uma boa viagem!!!

sábado, 3 de setembro de 2011

Poder Além da Vida


Elenco: Nick Nolte (Socrates), Scott Mechlowicz (Dan Millman), Amy Smart (Joy), Tim DeKay (Treinador Garrick)

Direção: Vitor Salva
Roteiro: Roteiro: Kevin Bernhardt
Duração: 120 min
Drama
2005 - EUA

"Todos lhe dizem o que fazer e o que é bom pra você. Não querem que você encontre suas próprias respostas. Querem que você acredite nas respostas deles. Pare de escutar os outros e ouça o que tem no seu interior."

"As pessoas temem o que há por dentro. Mas é o único lugar onde encontrarão respostas."

"As pessoas não são o que elas pensam, acham que são e depois ficam desapontadas."

Poder além da vida, propõe uma reflexão interior, partindo do princípio de que a força de vontade, a fissura em determinado objetivo por mais inatingível que pareça, pode ser alcançado, basta acreditar e lutar sem fraquejar.

A força interior demonstrada através do personagem principal, representa-se com nome de “Sócrates”, o suposto homem sábio, mais velho, que é a caricatura do próprio personagem, porém mais experiente, como acredita-se que será no futuro.

O Sócrates, o eu do personagem, faz ele acreditar no poder do pensamento e mostra-se decisivo para que o personagem ganhe o tão sonhado troféu.

Neste sentido a mensagem final nos faz pensar em alguns fatores chaves:

a) O que realmente queremos da vida e o poder que temos agora?
Não basta acumularmos conhecimento é necessário sabedoria, pois sabedoria é colocar em prática o conhecimento.

b) O que podemos fazer para mergulharmos em nosso interior, nos auto-conhecer, para melhorar nossa vida?
É necessário estarmos atentos para saber escutar e refletir sobre nossos atos.

c) A felicidade não se é obtida no final de uma conquista, mas sim durante seu desenrolar ou caminho.
É incrível como as experiências pelas quais somos submetidos ao longo da vida modificam nosso comportamento, sendo preciso uma derrota para se dar valor ao todo.

d) Todos temos em nosso interior, um gigante em potencial adormecido, o nosso espírito humano de superação, basta acreditarmos e libertá-lo, sendo 100% decidido no que fazemos e acreditando sempre que podemos ir além. 

"Um guerreiro não desiste do que ama. Ele tem amor no que faz". "As pessoas mais difíceis de serem amadas, normalmente são as que mais precisam de amor".

Sinopse: Bonito, popular e vitorioso em campeonatos de ginástica olímpica, popular entre as meninas e rico, esse é Dan Millman um jovem ginasta, na especialidade das argolas. Ele acredita que é senhor de sua vida, podendo fazer tudo o que quiser.
Apesar de tudo parecer pronto ao seu sucesso e felicidade, algo o angustia, fazendo-o perder noites de sono. 
Um dia encontra um homem misterioso que trabalha em um posto de gasolina, simpatizando-se com ele. O rapaz começa a chamá-lo de Sócrates, pois pela forma como fala, parece um filósofo.

Dan apesar de se sentir atraído pelos ensinamentos de Sócrates, não quer seguir-lhe os conselhos, até que sofre um grave acidente que muda sua vida e até pode mudar a forma como as pessoas enxergam a sua passagem pela vida.

Será que para mudar o ritmo de vida, é necessário que algo muito sério, muito ruim aconteça?
Poder Além da Vida passa ao espectador mensagens de reflexão sobre isso. Enquanto está tudo às mil maravilhas, Dan continua a desafiar o mundo, a fazer coisas impensadas, a arriscar-se pelo simples prazer do perigo.

Quantas pessoas vivem no seu limite? Arriscam tudo, sem pensar nas consequências que poderão advir. Às vezes, são necessárias quedas espetaculares para que a pessoa comece a pensar e buscar uma mudança no seu pensar e agir.

Sócrates diz para Dan que “temos muito a aprender e muito para esquecer”, mas o que isso tem a ver com o modo de vida de cada um? Por exemplo, muitos empresários ao invés de buscarem saídas para seus problemas, ficam cada vez mais imersos neles. Chega-se a conclusão que de nada vale sofrer pelas coisas passadas, com elas pode-se aprender a não cair nos mesmos enganos. Sócrates também diz que “conhecimento é saber fazer e sabedoria é fazer, agir”.

Este filme reúne as características de um bom filme: bom humor, romance, suspense e ainda passa uma mensagem de superação pessoal e espiritual. Mostra que o que importa de verdade é o que vem de dentro das pessoas. E que a partir do momento que se desapega de certas coisas, passa-se a enxergar a vida de outra forma.

Poder Além da Vida passa uma mensagem que, o que é importante não é o fim, mas a própria jornada. É acreditar em si próprio, é saber que é capaz! E confirma o que todos nós temos a certeza nessa vida: NADA É POR ACASO.

O elenco é ótimo! Nolte como sempre dando show. A direção de Salva é muito boa. É um filme totalmente voltado para o espiritual. Sem sombras de dúvida nos deixa atordoados com a gama de informações e possibilidades reais e sem fantasias que nos levam a refletir em cada palavra, em cada frase o que somos e o que podemos ter através de nossos próprios atos. Nos leva a refletir principalmente sobre nossas atitudes frente ao inesperado, ao indesejado. Um filme realmente fantástico!!!