segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Reflexão Sobre o Caso da Enfermeira

Eu não tenho palavras para descrever o que senti ao ver trechos do vídeo em que a enfermeira tortura o yorkshire. Demorei escrever algo sobre o assunto, porque estou perplexa e com muita dor no coração. Na sexta-feira passada mal consegui trabalhar.
Eu tenho cinco cães em casa (Pimpão, Lana, Puma, Max e Rick). Cada um de um jeito e todos muito sapecas. Um faz xixi nos móveis, outro late demais, outro avança nas visitas, a outra destruiu todos os meus móveis… Juntos todos os dias eles fazem uma bela sinfonia de latidos, às 6h da manhã, de deixar qualquer visita e vizinhos de cabelo em pé.
Amo meus cães, são tratados como filhos, mas nesses três anos na companhia deles e escrevendo sobre animais de estimação aprendi muita coisa, inclusive que ter cachorro não é fácil.
Sim eles dão trabalho, muitas vezes nos irritam com suas peripécias. Tanto que quando recebo candidatos à adoção de cães (de cachorros que pego na rua ou de colega sua pedem ajuda) rezo uma missa de mil motivos para que a pessoa desista de levá-lo para casa. Só depois de provar que ama verdadeiramente o bicho é que deixo a pessoa ir embora com a preciosidade que acabou de ganhar.
Quem me vê falando assim com alguém que quer adotar um animal acha que eu sou louca. Mas, faço isso justamente porque quero evitar o abandono ou casos de crueldade. Nesse tempo como “colunista canina” infelizmente o caso da enfermeira que espancou o yorkshire não é o primeiro que vejo. Já vi cenas tão tristes e cruéis ao vivo.
Acompanhei de perto a história de um poodle muito doente que foi abandonado em um terreno e que até os urubus tiveram mais dignidade do que o dono que o abandonou. As aves estavam esperando o poodle morrer para poder comê-lo.
Vi também o caso de um border collie que foi atropelado várias vezes pelo dono que tinha a intenção de matá-lo. Não conseguindo levou o cão ao veterinário para que ele terminasse o trabalho. Por sorte o border collie caiu nas mãos de um homem especial que ao contrário de matá-lo protegeu e salvou sua vida.
orkshire, poodle, border collie, todos cães de raça desejados por tantas pessoas. Por que não doá-los ao invés de maltrata-los? Essa reposta eu não tenho meu caros. No entanto, deixo a seguinte mensagem paraTODOS os donos que amam seus pets de verdade. Parem de colocar seus cães para cruzarem. A gente vende ou doa bem um ou dois filhotes, os outros três você não conhece a pessoa para quem vai doar ou vender. E eles podem parar nas mãos de pessoas como a enfermeira. Acreditem, existem muitas por aí. E depois elas alegam que teve uma crise nervosa.
Porque cão realmente dá trabalho, em compensação eles são capazes de amar de um jeito infinitamente superior aos seres humanos. Mais uma vez levanto a bandeira da castração. Deixe o cruzamento de animais para criadores sérios e responsáveis e não comprem animais de quem exploram esse mercado de uma maneira fria e cruel criando verdadeiras fábricas de filhotes.
No entanto, o melhor mesmo é adotar. São animais eternamente gratos, mas lembre-se também fazem xixi, coco, latem, estragam móveis…se você quiser um que não faça isso, compre um ursinho de pelúcia, como diria a amiga protetora dos animais Leila Issa.
No caso, do York, como em todos os outros espero justiça e não que tudo termine em cestas básicas.
A lei precisa mudar…um cão quando mata um ser humano é morto imediatamente, um ser humano quando mata um cão nada acontece. Os animais assim como qualquer outro ser humano merecem respeito. Por que sua vida valeria mais do que a dele?
Para finalizar deixo essa mensagem que sempre me emociono ao ler:
Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca.
Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo.
Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro.
Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro.
Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?
Valeriana Medrado (jornalista)

Meu comentário:
País de primeiro mundo é assim tratam os animais com respeito!!! Aqui no Brasil cachorro é tratado com descaso, circulam pelas ruas como se fossem lixo e totalmente abandonados à mercê de toda sorte.Eles não dão dinheiro como, por exemplo, um cavalo. A maioria das pessoas nem ligam prá' eles. E quando uma louca mata um cãozinho indefeso vem um clamor popular. E prá' culminar, ainda por cima, nem sequer vai presa. Me causa tristeza e estranheza esse meu, esse nosso país

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vidas Amargas


Direção: Elia Kazan
Roteiro: Paul Osborn (roteiro), John Steinbeck
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 115 minutos - Longa Metragem

Sinopse  (East of Eden, 1955):  No Vale das Salinas, região da Califórnia, por volta da 1a. Guerra Mundial, Carl é o filho rebelde e mal compreendido de Adam. Desde a infância, ele luta obsessivamente pelo amor do pai. No entanto, Adam não esconde sua preferência para o outro filho, Aron, considerado o "menino de ouro" da família e que está noivo de Abra. Solitário no mundo, Carl descobre que sua mãe, até então dada como morta, reside na vila ao lado.

Vidas Amargas é um filme sobre conflito de gerações, mas que vai muito além disso. É uma obra densa com personagens complexos e outros temas estão lá: o impacto da tecnologia; a transformação que a guerra traz à vida de uma pequena comunidade; a solidão; a perda da inocência; o conflito entre alinhados e desajustados; entre formais e viscerais; entre certinhos e malandros; e por que não dizer: entre o bem e o mal.

Falar de Vidas Amargas é muito fácil. Um filme que envolve o espectador, com personagens vibrantes e fortes. James Dean ficou como uma lenda para nós cinéfolos. Atuação perfeita, digna de Oscar. A direção de Kasan é excelente. Um clássico que marcou uma época. 

Mesmo já passados quase sessenta anos ainda nos parece atual. É a prova cabal de que o ser humano com toda sua tecnologia não evoluiu e nem mudou tanto assim em suas condutas. Um filme com certeza futurístico, feito para todas as gerações... Então! Que assim seja...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mantra Silencioso


Você me faz tanta falta!
Sinto saudades de você!

O prazo de validade de nossa convivência parecia 
que jamais seria vencido,
mas rompeste o silêncio do nosso mantra.

Recusaste a ouvir o teu e o meu coração.
Tão incomum foste na tua indiferença.
Preferiste se afastar de mim.

O tempo passando rápido e você também.
O teu e o meu mundo entristecendo. 
O que poderia ter sido mais grave?
O ato de continuar ou o ato de se distanciar?

Se corrêssemos o risco
saberíamos nos dizer o que foi tudo isso que não vivemos...

Eu sinto tanto a tua falta!
No fundo a culpa foi toda minha.
Não soube fugir da sua ausência,
pois você se escondeu aqui dentro de mim.

Das poucas coisas que não me disseste,
resta e sempre restará alguma frase que não foi dita.
Ah! Tanto eu teria ainda para me calar!

Não, na verdade não sinto só saudades.
O que sinto também será obsessão?

Teimo em não aceitar o inevitável.
Você me disse adeus silenciosamente.
E eu continuo sem querer  te escutar.
E o previsível aconteceu!

 Te peço que ao menos faças uma coisa por nós:
Quando nas ruas da vida nos encontrarmos me surpreenda. 
Me olhe com olhos de surpresa,
e sutilmente me convide a te ver passar...