Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ... Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... Um dia percebemos que o comum não nos atrai... Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras... Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Sinopse: Inspirado em fatos reais, este thriller sobrenatural narra a história de um estudante seminarista (Colin O'Donoghue), enviado ao Vaticano para estudar exorcismo, apesar de sua relutância sobre o assunto e sobre a sua própria fé. Tudo muda quando ele é enviado como aprendiz ao Padre Lucas (Anthony Hopkins), que já realizou milhares de exorcismos e seu ceticismo começa a cair. Atraídos para um novo caso que transcende até as habilidades do Padre Lucas, o jovem seminarista descobre uma ciência que não pode explicar um fenômeno violento e aterrorizante que o obriga a questionar tudo em que acredita.
Desde a "Profecia", que eu não via um filme tão forte a ponto de ter cenas deletadas. Observei momentos de suspense e terror (discordo de que seja somente um drama, mesmo sendo baseado em fatos reais), que parecem terem sido feitos para testar a nossa capacidade de suportar as violências que vinham uma atrás da outra e assustadoras. Ritual começou com cenas de verdadeiro ritual entre pai e filho (fazendo jus ao título do filme). A cena em que ele via seu pai arrumar sua mãe para o enterro é fortíssima. No início não consegui entender como a ligação com o pai, tão fria e distante, não o transformou em um psicopata. Depois entendi porque fazia sentido o personagem de Colin ter pouca fé. Fé esta que, coerentemente, mudou no decorrer da trama.
Enfim, Ritual tem como foco a religião querendo provocar o espectador de todos as formas. Ora, levando-nos a acreditar no que víamos, ora forçando-nos até mesmo se portar como céticos. Ritual conseguiu uma proeza: identificar o personagem de Colin com o espectador. O que, digamos de passagem, não é nada fácil em se tratando de um filme tão forte em seu enredo.
Ritual claramente faz uma apologia ao exorcismo que vende, ao exorcismo do cinema. O mesmo guichê dos outros tantos filmes da mesma linha, com uma grande diferença: no elenco está Hopkins fantástico como sempre! Temos uma Alice Braga excelente e um Colin maravilhoso na pele de um padre confuso e indeciso na sua fé.
Apesar de achar o filme às vezes meio repetitivo, entendo que o diretor Hafstrom procurou somar ao enredo já tão batido um ótimo elenco. Conseguu dessa forma prender o espectador na poltrona. Recomendo somente para quem gosta do gênero...Quem não admira vai odiar mais ainda!!!
FICHA TÉCNICA
Diretor: Mikael Håfström
Elenco: Alice Braga, Anthony Hopkins, Ciarán Hinds, Rutger Hauer, Chris Marquette, Toby Jones, Franco Nero, Torrey DeVitto, Colin O'Donoghue, Maria Grazia Cucinotta, Marta Gastini, Rosa Pianeta, Ben Cheetham
Produção: Beau Flynn, Tripp Vinson
Roteiro: Michael Petroni
Fotografia: Ben Davis
Duração: 114 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: New Line Cinema / Contrafilm / Fletcher & Company